ATA DA VIGÉSIMA QUINTA
SESSÃO ORDINÁRIA DA SEGUNDA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA SEXTA LEGISLATURA,
EM 02-4-2014.
Aos dois dias do mês de
abril do ano de dois mil e quatorze, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do
Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas e
quinze minutos, foi realizada a segunda chamada, respondida pelos vereadores
Airto Ferronato, Bernardino Vendruscolo, Clàudio Janta, Delegado Cleiton,
Elizandro Sabino, João Carlos Nedel, Jussara Cony, Kevin Krieger, Mario Fraga,
Paulo Brum, Pedro Ruas, Professor Garcia, Reginaldo Pujol e Séfora Mota.
Constatada a existência de quórum, o Presidente declarou abertos os trabalhos.
Ainda, durante a Sessão, compareceram os vereadores Alberto Kopittke, Alceu
Brasinha, Any Ortiz, Cassio Trogildo, Dr. Thiago, Engº Comassetto, Fernanda
Melchionna, Guilherme Socias Villela, Idenir Cecchim, João Derly, Lourdes
Sprenger, Marcelo Sgarbossa, Mario Manfro, Mauro Pinheiro, Mônica Leal, Nereu
D'Avila, Paulinho Motorista, Sofia Cavedon, Tarciso Flecha Negra, Valter
Nagelstein e Waldir Canal. À MESA, foram encaminhados: o Substitutivo nº 01, de
autoria do vereador Cassio Trogildo, ao Projeto de Lei Complementar do
Legislativo nº 014/13 (Processo nº 0559/13); o Projeto de Lei Complementar do
Legislativo nº 006/14 (Processo nº 0150/14), de autoria do vereador Marcelo
Sgarbossa; o Projeto de Lei do Legislativo nº 023/14 (Processo nº 0352/14), de
autoria do vereador Márcio Bins Ely; o Projeto de Resolução nº 009/14 (Processo
nº 0484/14), de autoria do vereador Roni Casa da Sopa; o Projeto de Lei do
Legislativo nº 016/14 (Processo nº 0263/14), de autoria da vereadora Séfora
Mota; e o Projeto de Lei do Legislativo nº 036/14 (Processo nº 0470/14), de
autoria do vereador Waldir Canal. Após, foi apregoado o Ofício nº 033/14,
firmado pelo vereador Professor Garcia, Presidente da Câmara Municipal de Porto
Alegre, informando a indicação do vereador Mauro Pinheiro para representar
externamente este Legislativo, hoje, no Grande Expediente Especial da
Assembleia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul que tratará do tema “50
anos do Golpe de 64: para que jamais se esqueça, para que nunca mais
aconteça!”, às quatorze horas, no Plenário 20 de Setembro do Palácio
Farroupilha, em Porto Alegre. Também, foi apregoado Requerimento de autoria da
vereadora Jussara Cony, solicitando Licença para Tratamento de Saúde no dia
vinte e quatro de março do corrente. Do EXPEDIENTE, constaram: Ofícios do Fundo
Nacional de Saúde do Ministério da Saúde, emitidos nos dias vinte e quatro,
vinte e cinco e vinte e seis de março do corrente; e Ofício nº 132/14, de Graça
Cristina Freire de Campos, Coordenadora de Filial da Gerência de
Desenvolvimento Urbano Rural da Caixa Econômica Federal. EM COMUNICAÇÃO DE
LÍDER, pronunciaram-se os vereadores Paulo Brum, Marcelo Sgarbossa, Clàudio
Janta, Bernardino Vendruscolo, Fernanda Melchionna, Reginaldo Pujol, Mônica
Leal e Jussara Cony. Às quinze horas e dezesseis minutos, constatada a
existência de quórum, foi iniciada a ORDEM DO DIA. A seguir, foi aprovado
Requerimento de autoria do vereador Delegado Cleiton, solicitando a retirada de
tramitação da Emenda nº 03 aposta ao Projeto de Lei Complementar do Executivo
nº 010/13 (Processo nº 2495/13). Em prosseguimento, foram apregoadas as seguintes
Emendas ao Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 010/13: nº 04, de
autoria do vereador João Carlos Nedel, Vice-Líder da Bancada do PP; nos 05
e 06, de autoria do vereador Engº Comassetto, Líder da Bancada do PT; nº 07, de
autoria do vereador Pedro Ruas, Líder da Bancada do PSOL; e nº 08, de autoria
do vereador Mario Fraga, Líder da Bancada do PDT. Ainda, foram apregoados
Requerimentos de autoria dos vereadores Engº Comassetto e Marcelo Sgarbossa,
deferidos pelo Presidente, solicitando votações em destaque, respectivamente,
para as Emendas nos 05 e 06 e para a Emenda nº 07 apostas ao Projeto
de Lei Complementar do Executivo nº 010/13. Após, foi aprovado Requerimento de
autoria do vereador Airto Ferronato, solicitando o adiamento, por duas Sessões,
da discussão do Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 035/13 e do
Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 010/13 (Processos nos
0108/13 e 2495/13, respectivamente), por quinze votos SIM e doze votos NÃO,
após ser encaminhado à votação pela vereadora Fernanda Melchionna e pelos
vereadores Kevin Krieger e Engº Comassetto, em votação nominal solicitada pela
vereadora Sofia Cavedon, tendo votado Sim os vereadores Airto Ferronato, Cassio
Trogildo, Delegado Cleiton, Elizandro Sabino, Guilherme Socias Villela, Idenir
Cecchim, João Carlos Nedel, Kevin Krieger, Lourdes Sprenger, Mario Fraga, Mario
Manfro, Mônica Leal, Nereu D'Avila, Reginaldo Pujol e Valter Nagelstein e Não
os vereadores Alberto Kopittke, Bernardino Vendruscolo, Clàudio Janta, Dr. Thiago,
Engº Comassetto, Fernanda Melchionna, João Derly, Jussara Cony, Marcelo
Sgarbossa, Pedro Ruas, Sofia Cavedon e Tarciso Flecha Negra, votação essa
declarada nula pelo Presidente. Em continuidade, foi aprovado Requerimento de
autoria do vereador Airto Ferronato, solicitando o adiamento, por duas Sessões,
da discussão do Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 035/13, por
dezessete votos SIM e treze votos NÃO, em votação nominal solicitada pelo
vereador Dr. Thiago, tendo votado Sim os vereadores Airto Ferronato, Alceu
Brasinha, Cassio Trogildo, Delegado Cleiton, Elizandro Sabino, Guilherme Socias
Villela, Idenir Cecchim, João Carlos Nedel, Kevin Krieger, Lourdes Sprenger,
Mario Fraga, Mario Manfro, Mônica Leal, Nereu D'Avila, Paulinho Motorista, Paulo
Brum e Reginaldo Pujol e Não os vereadores Alberto Kopittke, Bernardino
Vendruscolo, Clàudio Janta, Dr. Thiago, Engº Comassetto, Fernanda Melchionna,
João Derly, Jussara Cony, Marcelo Sgarbossa, Pedro Ruas, Sofia Cavedon, Tarciso
Flecha Negra e Valter Nagelstein. A seguir, foi aprovado Requerimento de
autoria do vereador Airto Ferronato, solicitando o adiamento, por duas Sessões,
do Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 010/13, por dezessete votos SIM
e onze votos NÃO, após ser encaminhado à votação pelos vereadores Engº
Comassetto, Dr. Thiago, Sofia Cavedon e Reginaldo Pujol, em votação nominal
solicitada pela vereadora Fernanda Melchionna e pelo vereador Pedro Ruas, tendo
votado Sim os vereadores Airto Ferronato, Alceu Brasinha, Cassio Trogildo, Delegado
Cleiton, Elizandro Sabino, Guilherme Socias Villela, Idenir Cecchim, João
Carlos Nedel, Kevin Krieger, Lourdes Sprenger, Mario Fraga, Mario Manfro,
Mônica Leal, Nereu D'Avila, Paulinho Motorista, Paulo Brum e Reginaldo Pujol e
Não os vereadores Alberto Kopittke, Bernardino Vendruscolo, Engº Comassetto,
Fernanda Melchionna, João Derly, Jussara Cony, Marcelo Sgarbossa, Mauro
Pinheiro, Pedro Ruas, Sofia Cavedon e Tarciso Flecha Negra. Em prosseguimento,
foi rejeitado Requerimento de autoria da vereadora Sofia Cavedon, solicitando
que a apreciação do Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 035/13 e do
Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 010/13 seja efetuada em Sessão
Extraordinária a ocorrer em horário noturno, por onze votos SIM e dezesseis
votos NÃO, após ser encaminhado à votação pelos vereadores Sofia Cavedon,
Reginaldo Pujol, Pedro Ruas, Fernanda Melchionna, Jussara Cony, Mauro Pinheiro
e Valter Nagelstein, em votação nominal solicitada pelo vereador Mario Manfro,
tendo votado Sim os vereadores Alberto Kopittke, Bernardino Vendruscolo, Dr.
Thiago, Engº Comassetto, Fernanda Melchionna, Jussara Cony, Marcelo Sgarbossa,
Mauro Pinheiro, Pedro Ruas, Sofia Cavedon e Tarciso Flecha Negra e Não os
vereadores Airto Ferronato, Cassio Trogildo, Delegado Cleiton, Guilherme Socias
Villela, Idenir Cecchim, João Carlos Nedel, Kevin Krieger, Lourdes Sprenger,
Mario Fraga, Mario Manfro, Mônica Leal, Paulinho Motorista, Paulo Brum,
Reginaldo Pujol, Valter Nagelstein e Waldir Canal. Em Votação, esteve o Projeto
de Lei Complementar do Legislativo nº 012/13 (Processo nº 1422/13). Foi
rejeitada a Emenda nº 02 aposta ao Projeto de Lei Complementar do Legislativo
nº 012/13, por oito votos SIM, quatorze votos NÃO e duas ABSTENÇÕES, em votação
nominal solicitada pelo vereador João Carlos Nedel, tendo votado Sim os
vereadores Alberto Kopittke, Engº Comassetto, Fernanda Melchionna, Jussara
Cony, Marcelo Sgarbossa, Mauro Pinheiro, Pedro Ruas e Sofia Cavedon, votado Não
os vereadores Alceu Brasinha, Cassio Trogildo, Delegado Cleiton, Elizandro
Sabino, Guilherme Socias Villela, João Carlos Nedel, Kevin Krieger, Mario
Fraga, Mônica Leal, Paulinho Motorista, Paulo Brum, Reginaldo Pujol, Valter
Nagelstein e Waldir Canal e optado pela Abstenção os vereadores Dr. Thiago e
Idenir Cecchim. Foi votado o Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº
012/13, o qual obteve quatorze votos SIM, um voto NÃO e duas ABSTENÇÕES, em
votação nominal solicitada pelo vereador Pedro Ruas, tendo votado Sim os
vereadores Alceu Brasinha, Cassio Trogildo, Delegado Cleiton, Elizandro Sabino,
Guilherme Socias Villela, Idenir Cecchim, João Carlos Nedel, Kevin Krieger,
Mario Fraga, Mônica Leal, Paulinho Motorista, Paulo Brum, Reginaldo Pujol e
Waldir Canal, votado Não o vereador Valter Nagelstein e optado pela Abstenção a
vereadora Lourdes Sprenger e o vereador Professor Garcia, votação essa
declarada nula pelo Presidente, em face da inexistência de quórum deliberativo.
Às dezessete horas e oito minutos, constatada a inexistência de quórum
deliberativo, o Presidente declarou encerrada a Ordem do Dia. Em PAUTA,
Discussão Preliminar, estiveram: em 1ª Sessão, os Projetos de Lei do
Legislativo nos 017, 031 e 063/14, o Substitutivo nº 01 ao Projeto
de Lei do Legislativo nº 118/13, o Projeto de Resolução nº 007/14; em 2ª
Sessão, os Projetos de Lei do Legislativo nos 022, 029 e 034/14,
330/13, este discutido pelo vereador Reginaldo Pujol, e 336/13, discutido pelo
vereador Reginaldo Pujol e pela vereadora Sofia Cavedon, o Projeto de Resolução
nº 004/14. Ainda, foi apregoado Requerimento de autoria do vereador Márcio Bins
Ely, solicitando Licença para Tratamento de Saúde, no dia de hoje. Também, foi
apregoada a Emenda nº 09, de autoria da vereadora Mônica Leal, Líder da Bancada
do PP, ao Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 010/13, e foi apregoado
Requerimento de autoria da vereadora Sofia Cavedon, deferido pelo Presidente,
solicitando votação em destaque para a Emenda nº 08 aposta ao Projeto de Lei
Complementar do Executivo nº 010/13. Durante a Sessão, os vereadores Reginaldo
Pujol, Dr. Thiago, Sofia Cavedon, Engº Comassetto, Airto Ferronato, Marcelo
Sgarbossa, Reginaldo Pujol, Pedro Ruas e Clàudio Janta manifestaram-se acerca
de assuntos diversos. Às dezessete horas e vinte e três minutos, constatada a
inexistência de quórum, em verificação solicitada pelo vereador Idenir Cecchim,
o Presidente declarou encerrados os trabalhos, convocando os vereadores para a Sessão
Ordinária de amanhã, à hora
regimental. Os trabalhos foram presididos pelos vereadores Professor Garcia,
Mauro Pinheiro e Bernardino Vendruscolo e secretariados pelo vereador Guilherme
Socias Villela. Do que foi lavrada a presente Ata, que, após distribuída e
aprovada, será assinada pelo 1º Secretário e pelo Presidente.
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Hoje, além de dois projetos semelhantes para serem
votados, existem outros requerimentos e projetos para serem votados, os quais
não exigem discussão. São os seguintes: Requerimento nº 018/14, de autoria do
Ver. Clàudio Janta; Requerimento nº 023/14, de autoria do Ver. João Carlos
Nedel; PLL nº 403/13, de autoria do
Ver. Idenir Cecchim; PLL nº 154/13,
de autoria do Ver. Cassio Trogildo; PR nº 008/14, de autoria do Ver. Bernardino
Vendruscolo; PLL nº 097/13, de autoria do Ver. Professor
Garcia; Requerimento nº 032/14, de autoria do Ver. Nereu
D'Avila; Requerimento nº 011/14, de autoria do Ver. Valter Nagelstein.
Essa é a solicitação. Num determinado momento, eu vou encaminhar, mas gostaria
que os Vereadores refletissem se nós poderíamos fazer antes das 14h, só deixo
para reflexão, pois vamos ter o momento adequado.
O SR.
REGINALDO PUJOL: Presidente, relativamente à proposta inteligente de
V. Exa., só que eu tenho um temor, de que agora nós estamos com 24 Vereadores
presentes, e há matéria que precisam de 24 votos.
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): É apenas um, Vereador, e nós vamos ter esse
cuidado.
O SR.
REGINALDO PUJOL: Eu acho que isso nós podemos fazer um pouco
depois, não neste exatamente momento.
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Eu só li agora porque tive o cuidado e o zelo para
que os Vereadores reflitam.
O Ver. Paulo Brum está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR. PAULO
BRUM: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, ocupo o espaço do
meu Partido, o PTB, para fazer uma homenagem ao Dia Mundial de Conscientização
do Autismo, à Semana Estadual do Autismo
e uma referência ao Instituto Autismo e Vida, de Porto Alegre, pelo
trabalho incansável na busca da inclusão social das pessoas com autismo.
Segundo a Associação Americana de Autismo, o autismo é uma inadequacidade do
desenvolvimento que se manifesta de maneira grave por toda a vida. É
incapacitante e aparece tipicamente nos três primeiros anos de vida, acometendo
cerca de 20 entre cada 10 mil nascidos, e é quatro vezes mais comum no sexo
masculino do que no feminino. É encontrado em todo o mundo, em famílias de
qualquer configuração racial, étnica e social. Não se conseguiu até agora
provar qualquer causa psicológica no meio ambiente dessas crianças que possa causar
a doença.
Segundo a Associação Americana de Autismo, os
sintomas são causados por disfunções físicas no cérebro, verificadas pela
anamnese ou presentes no exame ou entrevista com o indivíduo. Inclui distúrbios
no ritmo de aparecimento de habilidades físicas, sociais e linguísticas, entre
tantas outras referências.
O Instituto do Autismo lançou um manifesto ontem,
dia 1º de abril, no início da Semana Estadual do Autismo, que diz o seguinte:
Inicia hoje a Semana Estadual do Autismo, instituída pela Lei nº 13.798, de
27.9.2011. Nós, do Instituto Autismo e Vida, queremos, neste dia e nesta
semana, fazer mais, mais do que fazemos o ano inteiro, falar sobre o autismo,
que, de acordo com a ONU, atinge 1% da população mundial do polo norte ao polo
sul, ricos, pobres, de todas as cores e credos. A única prevalência conhecida
está relacionada ao gênero: atinge quatro meninos para cada menina. Por isso
mesmo, a cor-símbolo é o azul. Na verdade, atinge mais do que meninos e
meninas, pois vai da infância à velhice e afeta toda a família. Precisa
mobilizar mais, muito mais o Poder Público e precisa ser aceito e vivenciado na
sociedade como mais um aspecto da diversidade humana.
Nós, que vivemos na pele a intolerância e o preconceito, que temos a rotina marcada pelas limitações que o autismo impõe, queremos celebrar a alegria de viver, apesar disso, de aprender a enxergar a beleza da superação diária, de poder dimensionar o enorme valor das pequenas conquistas e, principalmente, de sermos tão grandes para comportar tamanho amor. Todos esses desafios nos fazem crescer, nos tornando mais humanos. Desejamos compartilhar isso com toda a sociedade. Um abraço do Instituto Autismo. Sr. Presidente, aproveitando o espaço, informo que protocolei no dia de hoje um Projeto de Lei que inclui a efeméride Dia de Conscientização do Autismo no Calendário de Datas Comemorativas e de Conscientização do Município de Porto Alegre. Existe o Dia Mundial, a lei estadual e agora estamos também pedindo, enfim, a autorização desta Câmara para instituirmos o Dia Municipal da Conscientização do Autismo. Também protocolei, Sr. Presidente, um projeto que dispõe sobre o reconhecimento da pessoa com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) como pessoa com deficiência, para fins da plena fruição dos direitos previstos na legislação no Município de Porto Alegre.
Sr. Presidente, portanto, são dois projetos de lei
que protocolamos neste Dia de Conscientização que contribuem com a luta
incessante do autismo pela sua inclusão social. Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Obrigado, Ver. Paulo Brum. Parabéns por essas
iniciativas que sei que irão colaborar em muito com o crescimento da nossa
Cidade.
O Ver. Marcelo Sgarbossa está com a palavra para
uma Comunicação de Líder.
O SR. MARCELO
SGARBOSSA: Sr. Presidente, Sras. e Srs. Vereadores, a Ver.ª Sofia está dizendo que
eu tenho que subir o tom. Vereadora, minha colega, eu tento colocar argumentos
que são racionais, que são para o futuro da Cidade; meu estilo não é tanto de
subir nas tamancas, mas de tentar convencer racionalmente. Aproveito para dar
os parabéns às pessoas que estão aqui pela mobilização, usuários da bicicleta,
mas que pensam a Cidade.
Eu vou tentar passar um vídeo, se der tempo. Eu
gostaria de contextualizar, é um vídeo já conhecido, está na Internet, foi
passado na audiência pública, mas é um vídeo em que – Ver. Idenir Cecchim, gostaria da sua atenção por se tratar de um colega seu de Partido – o
Secretário Cezar Busatto vem numa reunião na EPTC e diz: “Estou aqui, em nome
do Prefeito José Fortunati, para dizer que, a partir do ano que vem, 2012, nós
cumpriremos a destinação dos 20% das multas para as ciclovias e para as
campanhas educativas” – isso foi em setembro de 2011. Acho que ou o Secretário
Busatto pede demissão ou a palavra do Prefeito não vale nada! (Palmas.) Quero
me solidarizar com os Vereadores – inclusive o Ver. Pujol, lá em 2009, foi um
dos que votaram a favor da emenda do Ver. Beto Moesch, que gerava a destinação
dos 20% das multas para as campanhas educativas –, vamos parar de falar só em
ciclovias. Vamos ver o vídeo.
(Procede-se à
apresentação de vídeo.)
O SR. MARCELO
SGARBOSSA: Vejam, o Ver. Valter, na audiência pública, já
declarou o seu voto, por coerência, por isso quero me solidarizar; o Ver. Janta
não pôde comparecer na audiência por motivos pessoais, mas justificou e já
abriu o seu voto, também; já conversei com outros Vereadores, não vou ficar
aqui citando nominalmente cada um. Portanto, esta pode ser uma tarde em que
reafirmaremos o compromisso de uma cidade de futuro, ou nós retrocederemos – a
escolha está conosco. Sabemos que desde a audiência pública, o Governo
trabalhou em tentar enquadrar alguns Vereadores da base, mas estes mesmos
Vereadores – Mario Manfro, o próprio Airto Ferronato, Waldir Canal, Bernardino
Vendruscolo, que já tem indicação para o voto, Dr. Thiago Duarte e Pujol – já
votaram a favor da emenda do Ver. Beto Moesch.
Veja, Ver. Thiago, se
estivéssemos com o Plano Diretor Cicloviário quase cumprido, com seus quase 400
quilômetros feitos, ou campanhas educativas, que já estivessem chatas de tanto
ver campanha educativa na rua, eu subiria aqui e diria: Chega, já tem dinheiro,
já foi feito. Não, não tem campanhas educativas e as ciclovias que estão aí são
as que são, com seus desvios, com suas mudanças de lado, com suas quebras nas
árvores. Então me parece que hoje nós podemos... Quero, de novo, me solidarizar
com a Bancada governista: é um constrangimento real, fazem vocês votarem a
favor lá em 2009 e agora constrangem aqueles que estão sendo pressionados a
votar pela derrubada...
(Som cortado
automaticamente por limitação de tempo.)
(Presidente concede
tempo para o término do pronunciamento.)
O SR. MARCELO
SGARBOSSA: ...A Ver.ª Mônica, que homenageou o Ver. Beto Moesch
aqui nesta Casa, desculpa eu fazer isso, mas vou repetir: hoje é um dia
decisivo, a Bancada do PP também pode dar uma demonstração de coerência e de
compromisso com o futuro da Cidade. Não estou aqui falando em nome só do PT ou
da oposição, quero falar em nome dos Vereadores que acreditam numa Cidade que
tenha que tomar uma decisão difícil, ainda que isso implique na limitação do
espaço dos modais que estão privilegiados, como é o modal individual do
automóvel. Obrigado. (Palmas.)
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. DR. THIAGO: Uma questão de Ordem,
Presidente: quero dizer ao Ver. Marcelo e a todos os que estão aqui que vou
votar como sempre votei, com coerência.
O SR. PRESIDENTE (Professor Garcia): Isso não é uma
Questão de Ordem, Vereador, mas foi feito o seu registro.
O Ver. Clàudio Janta
está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. CLÀUDIO JANTA: Sr. Presidente, Ver.
Professor Garcia; nosso Secretário, Ver. Villela, Sras. Vereadoras e Srs.
Vereadores, já ouvimos uma declaração de voto do Dr. Thiago. Eu venho falar
aqui em nome – depois os Vereadores Tarciso e Bernardino também irão falar – do
nosso bloco dos independentes, que vai votar a favor da palavra, a favor dos
acordos, porque esta Casa, nos últimos tempos, tem rasgado os acordos, tem
rasgado as palavras. Se o Secretário Cezar Busatto se equivocou, como é que
continua até hoje na Prefeitura? (Manifestações nas galerias.) Mas que
incompetência é essa? A pessoa vai lá, fala em nome da Prefeitura, é um
Secretário poderosíssimo dentro do Governo, trata de todo Orçamento
Participativo, de todo contato com as comunidades, com os movimentos sociais, e
aí assume um compromisso, em nome da Prefeitura – isso se ouviu por todo um
período, que ia ser cumprida essa lei –, e agora o Secretário não tem
autoridade. Mas está fazendo o que lá? Por que é que continuou lá, aumentando a
sua autoridade? Participou de todas as reuniões e demandas do OP, vem
participando do núcleo forte do Executivo, e assume um compromisso com a
população de Porto Alegre. E esse compromisso não é só com ciclistas – eu
estava falando hoje com o Marcelo –, esse compromisso é com a população de
Porto Alegre, é com os pedestres, principalmente com os motoristas. Quem acha
que esse projeto beneficia somente os ciclistas está enganado, não anda de
carro nesta Cidade, não anda a pé nesta Cidade! Esse é um projeto da Cidade, é
um projeto das crianças, dos idosos, dos motoristas, dos ciclistas e dos
pedestres. Agora, o principal, o que vem me deixando estarrecido – aprendi em
toda a minha vida profissional a cumprir acordos – é que esta Casa vem
rasgando, dia após dia, acordos que são feitos aqui neste plenário, acordos que
são feitos com a população de Porto Alegre, que são feitos com a sociedade
civil. Isso comprova que são somente eleitoreiros, são somente de momento,
momentos em que o Governo aparenta estar fraco; aí o Governo faz acordos. Na
verdade a gente pensa que o Governo está avançando, mas ele está retrocedendo,
muitas vezes. Isso nós vimos, em dezembro, na questão do reajuste das monitoras
de creches; dos brinquedos para as crianças especiais; no direito ao transporte
para os cadeirantes irem ao cinema. Para tudo isso foi feito acordo aqui nesta
Casa em dezembro, e foi rasgado logo depois da virada do ano. Então, este acordo
de 20% foi feito com a sociedade de Porto Alegre, porque esse acordo foi feito
num período eleitoral, esse acordo possibilitou uma vitória eleitoral. Ou foi
engodo eleitoral? Então, nós vamos ter que rever o processo. Se mentiu para a
população em rede de TV, se mentiu em espaço público, e está gravado isso nas
redes sociais, nós temos que rever essa enganação eleitoral. Eu acredito que
esse projeto, que já foi aprovado nesta Casa, um projeto de uma pessoa
comprometida, uma pessoa que encabeçou isso, e que a base do Governo aprovou, e
que o Prefeito referendou e seu secretariado assinou em baixo desse projeto,
não pode agora, sem explicação nenhuma, ser revogado. E acredito no que disse
aqui o Ver. Marcelo: se nós tivéssemos ciclovias em todos os bairros de Porto
Alegre, se a pessoa pudesse vir da Zona Norte, da Zona Sul, da Zona Leste até o
Centro, e se nós tivéssemos, quando ligasse a TV, propagandas educacionais de
respeito à faixa de segurança, de respeito à cidadã e ao cidadão e às pessoas,
talvez um dia a gente possa rever esse projeto. Hoje esse projeto é da vida,
hoje esse projeto é a garantia de segurança das pessoas, e volto a afirmar, não
só de ciclistas, meus amigos ciclistas, mas de toda a população de Porto
Alegre, principalmente das crianças e dos idosos. Com força e fé, nós vamos
melhorar esta Cidade e fazer com que sejam cumpridos acordos que são assinados
e homologados nesta Casa. Muito obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
O SENHOR PRESIDENTE (Professor Garcia): O Ver. Bernardino Vendruscolo está com a palavra para uma Comunicação de
Líder.
O SR. BERNARDINO VENDRUSCOLO: Sr.
Presidente, Ver. Professor Garcia; Sras. Vereadoras, Srs. Vereadores; eu quero
primeiro dizer que o meu voto hoje é um voto político e quero fazer esta
ressalva especial aos colegas da CCJ, Comissão que, por seis anos consecutivos tentei colaborar em razão de que, se não fosse o nosso colega Ver.
Sgarbossa, projeto que eu não aceito que pudesse ser votado, pela existência de
óbice, se não fosse o Ver. Sgarbossa, este projeto teria sido arquivado. Em
homenagem ao seu gesto, Ver. Sgarbossa, eu quero dizer que farei um voto
político hoje. Eu votarei com V. Exa. (Palmas.) Eu quero aproveitar este
momento de Liderança para dizer que eu fui um dos membros da CPI. A Comissão Parlamentar
de Inquérito fez um trabalho exaustivo, um desgaste terrível porque, quando
investigamos servidores públicos e profissionais da iniciativa privada, mas
especialmente servidores públicos de carreira, a gente fica extremamente
preocupado porque todos têm família. Todos nós temos famílias, e neste País nós
temos visto que os maiores bandidos estão gozando de liberdade, e muitos
cidadãos passaram e passam até hoje por situações constrangedoras e, muitas
vezes, não têm o mesmo reparo por parte da mídia quando, com o tempo, fica
comprovado que não estavam comprometidos. Salvo se esta CPI da Procempa, meus
prezados colegas, detém informações privilegiadas que este parlamentar não tem,
eu quero insistir que o senhor Zilmino Tartari não poderia ter sido colocado no
mesmo patamar de pessoas que estão sendo trazidas à mídia, por muitos e muitos
anos, como pessoas de comportamento duvidoso, salvo se os senhores que votaram
favoravelmente têm informações privilegiadas que este Vereador não tem. Durante
o período da CPI, todos que aqui compareceram elogiaram o comportamento do seu
Zilmino Tartari, e a grande maioria fez pesadas críticas a outros investigados
e a alguns que se negaram a vir aqui depor. No entanto, o Sr. Zilmino foi posto
no mesmo andar. E se ele mereceu ou merece estar lá, eu não tenho essas
informações!
E é por isso,
Presidente e caros Vereadores que participaram da CPI, que eu fiquei
extremamente chateado, porque não aceitei e não aceito esse mesmo nivelamento
para efeito de solicitação de investigação ou encaminhamento para o Ministério
Público ou outro órgão fiscalizador.
Nós temos que
investigar à exaustão, mas temos que tomar muito cuidado para não cometermos
injustiça.
Eu até posso estar
enganado, meus amigos, até posso estar enganado, tenho dúvidas sobre isso, mas
eu não vi, em nenhum momento da CPI, motivos para dar o devido enquadramento
que foi dado ao Sr. Zilmino Tartari, não aqui na CPI, a não ser que os senhores
tenham esses motivos e me tenham negado!
Basta ler o relatório
da CPI, basta ler. Em nenhum momento do relatório se sinaliza...
(Som cortado
automaticamente por limitação de tempo.)
(Presidente concede
tempo para o término do pronunciamento.)
O SR. BERNARDINO VENDRUSCOLO: ...Só para
concluir, agradeço a compreensão. Então, vejam só, se estou equivocado, é
porque me foram sonegadas informações!
Eu desafio qualquer
um dos senhores da CPI a me contestarem, me mostrarem, nos relatórios que os
senhores votaram, se tem algum registro que possa comprometê-lo! Simplesmente,
dizer que “me parece”... Os senhores, então, votaram em “me parece” que tem
culpa?
Olha, eu estou muito
chateado, por isso, eu agradeço a compreensão e peço aos meus colegas que me
perdoem se eu estou exagerando, mas eu não tenho as informações que os senhores
têm!
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Professor Garcia): Obrigado, Ver.
Bernardino. A Ver.ª Fernanda Melchionna está com a palavra para uma Comunicação
de Líder, pela oposição.
A SRA. FERNANDA MELCHIONNA: Boa-tarde a
todos e todas, eu queria cumprimentar pela mobilização na Cidade, dos
ciclistas, dos pedestres porque não é um debate apenas de quem utiliza a
bicicleta como meio de transporte e que está sujeito aos riscos de um trânsito
violento, de um trânsito que padece de educação em uma Cidade que está muito
longe de ser mais humana. Uma Cidade ainda palpada numa lógica carrocentrista,
na lógica da pressa e na lógica, mais grave ainda, da pressa acima da vida. Nós
assistimos, no dia 31 de março, na audiência pública, centenas de
porto-alegrenses que vieram a esta Câmara debater o projeto. Foi unânime, em
todas as intervenções, com exceção das intervenções da EPTC, a contrariedade a
que rasguem o Plano Diretor Cicloviário. A contrariedade de que tirem aquilo
que pode fazer com que esse Plano seja executado de fato, ainda que esteja
sendo executado lentamente. Nós vamos ter a oportunidade de, na tarde de hoje,
mantermos a coerência ou de capitularmos aos interesses escusos do Executivo.
Nós, parlamentares, 36 Vereadores e Vereadoras teremos a oportunidade de
mostrar de que lado estamos. E na política e na vida não existe meio-termo. Eu
conheço um dito popular que diz que, quando se mantém silêncio diante de uma
situação de opressão do mais forte contra o mais fraco, o silêncio é a
conivência com os interesses dos grandes e mais fortes. Portanto, nós
precisamos de posição, e eu não vejo, Ver. Airto Ferronato, nenhuma posição que
possa ser coerente que não seja uma posição que mantenha a votação que esta
Câmara fez em 2009, quando V. Exa. votou pelo “sim”, pela aprovação do Plano
Diretor Cicloviário, quando eu votei pelo Plano Diretor Cicloviário, quando o
Ver. Brasinha votou pelo Plano Diretor Cicloviário, quando o Ver. Nedel votou
pelo Plano Diretor Cicloviário, quando o Ver. Nagelstein - que inclusive falou
na audiência pública sobre a votação e sobre o Projeto do Governo - votou pela
aprovação do Plano Diretor Cicloviário e votou na emenda que garantiriam os
recursos para as ciclovias e ciclofaixas e educação para o trânsito. E nós,
além de assistirmos ao vídeo do Secretário Busatto – mais uma das promessas que
ele fez e não cumpriu, de que, em nome da Prefeitura, iria implementar e gastar
a integralidade dos recursos –, vemos o envio desse projeto, Ver. Garcia,
justamente porque a Prefeitura foi condenada, na justiça, por não ter gastado
os recursos para a implementação do Plano Diretor Cicloviário. A Prefeitura não
gasta sequer 10% daquilo que está previsto no Plano Diretor Cicloviário, seja
para ciclovias e ciclofaixas, seja para educação para o trânsito. E, mais
contraditoriamente ainda, quer colocar no colo das contrapartidas para que esse
Plano seja executado, ou seja, quer que a lógica da Cidade seja espigão,
especulação imobiliária, mais rodoviarização para, quiçá, ter os 500 metros de
ciclovia; quer jogar no colo das empreiteiras a questão do Plano Diretor
Cicloviário, retirando a responsabilidade pública. Nós achamos que tem que ter
contrapartida, e isso está lá, no Plano Diretor Cicloviário, em outro artigo.
Mas o que se trata aqui é de uma tentativa clara de se apropriar dos recursos
das multas para outros fins, de uma Prefeitura que se transformou num cabide de
empregos e que trata a máquina pública como se fosse feudo dos partidos
políticos aliados. Infelizmente, sobra dinheiro para a terceirização, para a
corrupção – como os R$ 50 milhões da Procempa –, e querem se apropriar dos
recursos públicos, das políticas sociais, para, enfim, gastar em outras áreas.
Quero fazer um apelo,
aqui, em nome da oposição - do PT, do PSOL e do PCdoB -, para que os Vereadores
mantenham a mesma coerência de 2009 e derrubem o projeto do Governo, dando vida
à nossa Cidade e respeito aos ciclistas e aos pedestres.
(Não revisado pela
oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Professor Garcia): Obrigado,
Ver.ª Fernanda.
O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente, Sras.
Vereadoras e Srs. Vereadores, nesta liderança, duas colocações que eu acho que
precisam ficar muito claras: primeiro, com relação ao projeto do Governo de alteração
da Lei dos Cicloviários. Eu quero declarar o seguinte Ver. Tarciso: em dezembro
do ano passado, pressionado por várias pessoas, eu acelerei, na Comissão de
Constituição e Justiça, a análise desse projeto. No dia 09 de dezembro, nós
aprovamos, por unanimidade, o parecer da Comissão de Constituição e Justiça; no
dia 12, requeremos que fosse colocado esse projeto, na Ordem do Dia, por força
do art. nº 81 da Lei Orgânica do Município; foi deferido. Ao final daquele mês,
quando se discutiam várias matérias – não esqueçam que em dezembro nós
enfrentamos cerca de 70 projetos aqui na Casa, dois projetos foram
consensualmente excluídos da relação que teriam sido votados no mês de dezembro
ainda no ano Legislativo anterior: o Parque do Gasômetro e o Cicloviário. Isso
ocorreu, e havia o compromisso de que em fevereiro nós enfrentaríamos esses
dois projetos precedidos de uma audiência pública. Os fatos aconteceram; em
fevereiro não foi possível a audiência pública. Em março, só no dia 31 de março
foi possível ser feita a audiência pública, realizada há pouco mais de 24 horas
desta data.
Na ocasião, eu consegui a concordância das
Lideranças de que, realizada a audiência pública, na primeira Sessão que
houvesse após a audiência pública, o assunto entraria em debate
necessariamente, é o que está acontecendo aqui no corrente momento. Vamos
enfrentar o processo, evidentemente, temos condição de hoje, ou quando quiserem
votar, votarmos de acordo com aquilo que nós achamos correto.
Outro assunto é que eu fui chamado à tribuna, por
assim dizer, pelo Ver. Bernardino Vendruscolo, em função da inclusão do Sr.
Zilmino Tartari no Relatório proposto pelo Ver. Nereu D’Avila e que foi por nós
aprovado por 7 votos, contra 5 votos discordante. Os que compareceram à CPI sabem
que ao encaminhar o meu voto eu fiz questão de estabelecer que eu tinha uma
breve resistência com relação ao Relatório do Ver. Nereu, que envolvia,
exatamente, a situação do Sr. Zilmino Tartari que, no próprio Relatório, é,
expressamente colocado pelo Ver. Nereu D’Avila que nós não podemos, por ilação,
chegar a nenhum tipo de conclusão. O Relatório, inclusive, acentuou que,
durante todo o período em que a CPI se desenvolveu, o Sr. Zilmino Tartari, que
aqui compareceu, deu depoimento, em nenhum momento ele teve qualquer coisa em
desabono à sua pessoa. Pelo que está dentro dos autos... Fala o Ver. Bernardino
Vendruscolo que pode alguém conhecer outro fato. Eu não sei dos fatos que não
estão dentro dos autos; para mim, os fatos da CPI é aquilo que faz parte dos
documentos que foram ali juntados, aquilo que diz respeito aos depoimentos que
aqui foram realizados. E, como nada, absolutamente nada, envolve o Sr. Zilmino
Tartari, eu quero dizer claramente que, nesse particular, eu tenho absoluta
integração com a posição do Ver. Bernardino Vendruscolo. Eu disse isso de
público, já anteriormente, e não há motivo nenhum para recuar dessa posição.
Dentro dos autos, pelo que nós temos conhecimento, e examinamos detidamente os
autos, nada existe que possa incriminar a figura do Sr. Zilmino Tartari, e
penso que nenhum aprofundamento da investigação poderá modificar essa situação.
De qualquer sorte, fica aqui este registro. Muito obrigado, Sr. Presidente.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): A Ver.ª Mônica Leal está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
A SRA. MÔNICA
LEAL: Sr. Presidente, Ver. Professor Garcia; Vereadores, Vereadoras, pessoas
que nos honram com sua presença, aqueles que nos assistem pela TVCâmara, ocupo
esta tribuna hoje para compartilhar de um sentimento de missão cumprida como
Legisladora responsável pelas necessidades da população de Porto Alegre. Foi
sancionada nesta quarta-feira, pelo Prefeito José Fortunati, projeto de lei de
minha autoria que proíbe o uso de máscaras ou qualquer meio capaz de ocultar o
rosto em manifestações públicas na cidade de Porto Alegre. Isso ocorreu no gabinete do Prefeito. Quero compartilhar com vocês
esse meu sentimento.
Em junho de 2013,
acompanhei, entre surpresa e chocada, as manifestações que tomaram conta das
ruas do Brasil. Tudo começou aqui em Porto Alegre, onde vimos manifestações
ditas pacíficas, onde havia manifestantes mascarados que se utilizavam dessa
forma de cobrir o rosto para depredar o patrimônio público, o patrimônio privado,
tocar o terror de uma forma covarde. Sabemos muito bem que a democracia exige
cara limpa. Ora, no mínimo é uma incoerência pedirmos o voto aberto no
Congresso e permitirmos as máscaras, o anonimato dos manifestantes. Se alguém
quer se manifestar contra os serviços públicos, contra a segurança, que o faça.
Se essa pessoa quer depredar, tocar o terror, destruir, que o faça, de cara
limpa, para responder pelos seus atos. Esse é o objetivo da lei que proíbe a
utilização de máscaras.
Eu acredito que essa
proibição em manifestações trará a redução do vandalismo explícito que nos
choca a cada dito protesto pacífico que, com baderneiros escondidos atrás de
máscaras, com os rostos cobertos, atacam a liberdade, o direito de ir e vir, o
patrimônio público e o privado.
Por fim, eu gostaria
também de usar esta tribuna para responder àqueles que disseram que o projeto
era inconstitucional, que esta Vereadora, por ser filha de um cumpridor das
leis, de quem muito me orgulho, que foi quem me fez ter vontade de trabalhar
pela política, que nada mais é do que o entusiasmo por causas, jamais faria um
projeto inconstitucional. Eu tenho dois pareceres que me orientam: parecer da
Procuradoria desta Casa e parecer da Comissão de Constituição e Justiça que
dizem que este Projeto de Lei é constitucional. Vou mais além. Após analisar a
matéria, objeto da proposição, entendeu ser ela de competência municipal
estando de acordo. Também vale registrar, a competência do Município para prover tudo que
concerne aos interesses locais, ou seja, ficou visível a tentativa de politizar
este debate tão importante para a sociedade.
Eu subo à tribuna para compartilhar, com os
senhores e senhoras, que o meu sentimento, neste momento, é de missão cumprida
para com o povo de Porto Alegre, que tem, sim, o direito de se manifestar
contra tudo e qualquer coisa que não o agrade, mas de forma ordeira, pacífica e
de cara limpa. É assim que eu vejo a necessidade das manifestações e jamais de
forma covarde, encobrindo o rosto no anonimato para que essas pessoas, que
depredam, que destroem, não sejam responsabilizadas. Eu sempre me lembro do
pequeno comerciante que teve o seu patrimônio destruído e perguntou numa
entrevista de um repórter da televisão que cobriu a matéria: “E agora? O que
faço? Eu coloquei a minha vida aqui. A quem eu responsabilizo?” A ninguém,
porque, de rosto coberto, ninguém pode ser responsabilizado. Então, a partir...
(Som cortado
automaticamente por limitação de tempo.)
(Presidente concede
tempo para o término do pronunciamento.)
A SRA. MÔNICA
LEAL: ...A autoridade policial pode impedir o uso de
máscara e aquele que desobedecer estará infringindo a lei e vai responder pela
desobediência. Obrigada.
(Não revisado pela
oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): A Ver.ª Jussara Cony está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
A SRA. JUSSARA
CONY: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, em nome da Bancada
do PCdoB, eu saúdo os que estão hoje acompanhando esta votação, oriundos das
lutas populares, das lutas por direitos, por qualidade de vida, através de duas
questões, uma delas que posso materializar, neste momento, que é o que eu
recebi no meu e-mail e que creio que os Vereadores, todos os meus colegas,
tenham recebido. Eu recebi tudo isso aqui de e-mail a favor do projeto do Ver. Sgarbossa e contra o projeto do
Executivo. (Mostra e-mails.)
(Palmas.) A minha assessoria foi juntando, juntando e estão aqui, creio que
todos nós recebemos. Isso, para a nossa Bancada, para mim e para o João Derly,
já é o primeiro motivo, além da correção do projeto, de dizer “não” ao projeto
do Executivo, e “sim” ao projeto do Ver. Sgarbossa.
A segunda questão que eu quero colocar aqui, ela
não tem essa materialidade, mas ela tem a materialidade da luta de um Vereador
que chega a esta Câmara Municipal, oriundo do movimento, ele mesmo um ciclista,
e põe, como seu primeiro projeto, esse projeto, com o apoio de uma base de
homens e mulheres que atuam nessa área e que têm enfrentado muito a violência
urbana na nossa Cidade e no Brasil inteiro.
Creio que outro imaterial neste momento, mas de
outra dimensão, é exatamente como terminam alguns desses e-mails que eu recebi: “Pelas ciclistas mortas recentemente, pela
brutalidade do nosso trânsito e de todos os outros que nos deixaram antes delas,
pedimos que votem contra o projeto de lei complementar apresentado pelo
Executivo.” Eu acho que são três questões que, para a nossa Bancada, são muito
caras porque fazem parte da dinâmica da participação popular e parte da
dinâmica de uma Câmara que é receptiva através de um Vereador que vem dessa
participação e põe, como seu primeiro projeto, esse.
Nós incluímos um projeto como esse na perspectiva daquilo que a gente vem participando também. Quando foram criados o Ministério das Cidades, o Conselho das Cidades, eu fui Conselheira do primeiro Conselho das Cidades e participei de todas as conferências de reforma urbana, a última foi a quinta, quando chegamos a uma dimensão maior. Esta Casa aqui estava lotada. Participei da 5ª Conferência das Cidades, municipal, estadual, sempre sendo eleita delegada. Sou do Conselho Estadual das Cidades, eleita no processo da conferência, e da Conferência Nacional. Eu incluo o dia de hoje, o projeto do Vereador, na luta que faz parte – e que culminou com a Conferência Nacional – da reforma urbana, que nós precisamos, uma das reformas estratégicas, assim como a agrária, a política, a reforma da mídia conservadora. A reforma urbana é uma das reformas estratégicas para a nossa qualidade de vida. O que é a nossa reforma urbana? É a habitação, é o saneamento, é o controle social, que tem que ser resgatado – e é resgatado através do projeto do Vereador –, e a questão da mobilidade urbana! Nós precisamos colocar nessa dimensão, porque, ao lado de transporte público de qualidade, as ciclovias são estratégicas para a qualidade de vida, para menos violência no trânsito e para tirar esse monte de automóvel da rua – desnecessário –, porque não se tem uma política de transporte urbano, de mobilidade urbana à altura da dignidade e dos direitos da população! Com a aprovação do projeto do Ver. Sgarbossa e rejeitando o do Governo. O Governo mandar esse projeto quando nós temos esse legitimamente apresentado, trabalhado, discutido com a sociedade, eu acho que mostra a insensibilidade que o Governo tem pela população de uma cidade que está agredida exatamente pela falta de uma política de mobilidade urbana. E, por fim, Sr. Presidente, Srs. Vereadores e os que hoje estão aqui na luta pela aprovação desse projeto, na minha opinião, ele vai ser aprovado por esta Câmara. Esta Câmara tem tudo para dar uma demonstração inclusive de independência, porque são Poderes independentes! (Palmas.) E isso também é fruto dessa mobilização.
Finalizo dizendo que o aporte de recursos para a
educação do trânsito é estratégico para que essa política esteja na dimensão e
na dignidade do povo de Porto Alegre. Tem que ter recurso, sim, porque o
recurso é estratégia para a implementação de uma política pública dentro da
visão maior da reforma urbana na cidade de Porto Alegre! Aliás, ajuda muito
para que a gente avance na reforma urbana em Porto Alegre. Obrigada. (Palmas.)
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia – às 15h16min): Obrigado, Vereadora.
Havendo quórum, passamos à Ordem do Dia.
Apregoo a retirada de tramitação da Emenda nº 03 ao
PLCE nº 010/13. Em votação a retirada de tramitação da Emenda nº
03 ao PLCE nº 010/13. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam como
se encontram. (Pausa.) APROVADA.
Apregoo as Emendas nº 04, 05 e 06 ao PLCE nº
010/13.
Apregoo Requerimento de votação em destaque das
Emendas nºs 05 e 06 ao PLCE nº 010/13, de autoria do Ver. Engº
Comassetto.
Apregoo Emendas nºs 07 e 08 ao PLCE nº
010/13.
O SR. AIRTO
FERRONATO: Caro Presidente Garcia, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores; saúdo os
jovens que estão conosco na tarde de hoje e todos os presentes. Nós
acompanhamos toda a audiência pública que aqui se realizou e todas as
manifestações foram favoráveis ao projeto, à instituição do Fundo, contrárias
àquela retirada dos 20% - primeira questão. Segunda questão - hoje eu estava
acompanhando e ouvindo alguns Vereadores se manifestando pela rejeição do
projeto. Agora nós estamos com um conjunto bastante grande de emendas, o que
expressa a importância desta discussão e a importância de um aprofundamento
maior na discussão, tanto por nós, Vereadores, quanto pelo Executivo.
Portanto, Sr. Presidente, requeiro o adiamento da discussão do PLCE nº 010/13 e do PLCL nº 035/13
por duas Sessões.
A SRA. SOFIA
CAVEDON (Requerimento): Sr. Presidente, em nome da bancada do PT
apresentamos o seguinte Requerimento: “Requeremos que os projetos que alteram o
Plano Cicloviário sejam votados numa Sessão Extraordinária, no período noturno,
pela relevância e impacto do tema e para que a população de Porto Alegre possa
acompanhar a decisão desta Casa.” Gostaríamos que fosse avaliado juntamente com
o Requerimento do Ver. Airto Ferronatto.
A SRA.
FERNANDA MELCHIONNA: Sr. Presidente, Ver. Professor Garcia; Sras.
Vereadoras e Srs. Vereadores, nós, aqui, temos que fazer um debate muito
sincero, e não é um debate sincero apenas para a resposta dos Parlamentares e
dos Partidos que ocupam esta tribuna discutindo a questão do Plano Diretor
Cicloviário e o projeto do Governo que mutila, mas um debate muito sério para
respeitar todos aqueles e aquelas que vêm travando essa luta há décadas em
Porto Alegre, que vêm sobrevivendo diariamente no trânsito da Cidade porque é,
sim, uma questão de sobrevivência, e todos os ativistas que estão, na tarde de
hoje, mobilizados conosco aqui na Câmara.
Peço a atenção, porque existe um Requerimento do
Líder do Governo adiando essa matéria. E queremos saber se o adiamento da
matéria hoje é para haver de fato um canal de comunicação para revogar a
revogação dos 20%, ou seja, retirar esse artigo da proposta da criação do
fundo, e rever o conselho gestor, porque com um conselho gestor de maioria
governista e minoria da sociedade nós sabemos o que acontece. Acontece o que
aconteceu hoje, na votação do Comtu, em que mais uma vez o Conselho Municipal de
Transporte Urbano votou o aumento indecente das passagens de ônibus em Porto
Alegre, defendendo os interesses dos empresários e não os interesses da
população. Um conselho majoritariamente governista, nós sabemos, não defende os
interesses populares, é preciso, no mínimo, paridade entre Governo e ativistas.
E eu venho a esta tribuna porque ouvi de vários
Vereadores da base que votariam contra o projeto do Executivo, alguns da
tribuna. O Ver. Dr. Thiago consignou o voto contra; na audiência passada houve
outras declarações; vários Vereadores já se comprometeram, Tarciso, a votar
contra o projeto.
Nós sabemos, e vocês sabem a opinião do PSOL - do
Ver. Pedro Ruas e minha - desde o início desta luta, não só agora, mas desde
2009 cobrando coerência do Executivo. E nós não estamos aqui para firmar falsos
compromissos, para que se ganhe tempo, Marcelo, para centralizar a base e
aprovar um projeto que retira direitos da população, porque não são só os
direitos dos ciclistas, são dos ciclistas de agora e dos que gostariam de ser
ciclistas, como eu, que não me sinto segura para andar nas ruas de Porto
Alegre; para os pedestres, porque é um projeto que prevê educação para o
trânsito; para os motoristas para que possam compreender que uma bicicleta no
trânsito é um carro a menos, e, portanto, é menos poluição, é menos
engarrafamento, é mais qualidade de vida. Nós estamos debatendo um projeto de
Cidade, e este debate tem que ser muito sincero.
Então, eu venho encaminhar o Requerimento, Ver.ª
Séfora, para saber do Governo e dos partidos da base do Governo - não só do
Líder do Governo - qual é, de fato, o compromisso do Governo com o adiamento.
Porque nós vimos aqui, Bruna, na votação de uma emenda das monitoras: nós
aprovamos por unanimidade uma emenda que previa direitos para as monitoras da
rede infantil, o Governo vetou, houve mobilização. Eles, para centralizar a
base, disseram que o Governo negociaria, porque não podia manter aquele artigo
que era inconstitucional; mantiveram o veto, ou seja, atacaram o direito das monitoras,
e, depois, veio uma carta do Executivo dizendo que não tinha o que fazer. E as
monitoras estão até agora sem receber os seus direitos!
Como acreditar na palavra da Prefeitura, que corta
árvores às 4h da manhã, como fazia a ditadura militar, no meio da madrugada,
com o povo dormindo, fazendo verdadeiros crimes ambientais? Como confiar na
palavra de quem, apesar de todas as barbaridades trazidas a público por nós, da
venda das empresas por dentro do sistema, dos indícios de cartel da máfia do
transporte coletivo, dos lucros ilegais dos empresários, quer aumentar de novo
a tarifa na cidade de Porto Alegre, com a votação hoje no Comtu? Como acreditar
na palavra, portanto?
E é com isso que eu queria fazer este
encaminhamento do Requerimento, para que ficasse claro, registrado aqui na
tribuna para nós, para os anais da Câmara, mas, sobretudo, para o povo de Porto
Alegre, qual é de fato a intenção do Governo com o requerimento.
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): o Ver. Kevin Krieger está com a palavra para
encaminhar a votação do Requerimento de autoria do Ver. Airto Ferronato.
O SR. KEVIN
KRIEGER: Boa-tarde, quero cumprimentar o nosso Presidente, Ver. Professor Garcia;
todos os Vereadores e Vereadoras e o público que está no plenário e que nos
assiste pela TVCâmara.
Quero dizer, Ver.ª Fernanda, com toda a
tranquilidade, que a solicitação desse encaminhamento, de podermos votar daqui
a duas Sessões, sem dúvida nenhuma foi construído com o Líder do Governo, para
que nós possamos, sim, ter o compromisso de manter os 20%. É nisso que estamos
trabalhando, dentro do compromisso de poder, sim, trabalhar cada vez melhor
para o Plano Cicloviário desta Cidade.
Estamos também trabalhando em relação ao conselho.
Os Vereadores da base do Governo, Ver. Cecchim, estão fazendo as suas
manifestações e sugestões para que o Governo possa, sim, reconhecer algumas
mudanças que estaremos fazendo. Então, há, sim, um compromisso dos Vereadores
da base na manutenção desses 20%; estamos fazendo essa construção com o
Governo, nos reunimos com o Governo hoje pela manhã e no final da tarde teremos
uma nova reunião, a fim de que nós possamos encaminhar para, na semana que vem,
votarmos esse projeto. E que nós tenhamos cada vez mais um projeto cicloviário
com muito respeito e muita responsabilidade aos ciclistas da nossa Cidade. Sem
dúvida nenhuma, nós teremos os encaminhamentos hoje feitos no final da tarde,
quando estaremos fazendo essas costuras, Ver. Pujol. E eu não tenho dúvida
nenhuma de que nós estaremos, todos os Vereadores da base do Governo, unidos
pela nossa Cidade, unidos pelos ciclistas da nossa Cidade. Pode ter certeza,
Ver.ª Fernanda, que o Governo está trabalhando para que a gente tenha firmados
os compromissos e a nossa palavra.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): O Ver. Engº Comassetto está com a palavra para
encaminhar a votação do Requerimento de autoria do Ver. Airto Ferronato.
O SR. ENGº
COMASSETTO: Sr. Presidente, Ver. Professor Garcia, colegas Vereadores e Vereadoras,
imprensa aqui presente, senhoras e senhores construtores da Cidade sustentável,
este tema que está em debate hoje, eu creio que está mais do que
suficientemente debatido. E o entendimento do momento em que nós estamos e a
audiência pública de segunda-feira, que foi extremamente representativa e que
fez um belo debate democrático, deram a orientação de qual é o caminho que a
Cidade tem que continuar trilhando no que diz respeito à sustentabilidade, à
diversidade de modais e o apoio exclusivo ao tema das ciclovias, ou seja, das
bicicletas.
Ficou
claro, nesse debate, que a proposta que o Governo trouxe até então é um
retrocesso da política na construção da cidade sustentável. Por que é um
retrocesso? Porque é um projeto que veio do Governo, do acordo do Plano Diretor
maior da Cidade que deveríamos construir o Plano Diretor Cicloviário. O Governo
mandou, discutiu na Mesa, discutiu com todos os Vereadores. Na época, o Líder
do Governo era o Ver. Valter Nagelstein. Um Vereador da base do Governo, Ver.
Beto Moesch, apresenta uma emenda, propõe acordo com todos nós, e nós, do
Partido dos Trabalhadores, da oposição, damos acordo. Vamos construir, e por
unanimidade votamos um projeto para a Cidade. Na sua regulamentação, o Governo
manda um novo projeto após já ter um projeto de autoria do Legislativo, do meu
colega Marcelo Sgarbossa, que propunha a reafirmação desse recurso, dentro de
um fundo municipal, para a construção das ciclovias, bem como para o processo
educacional da questão da mobilidade e do transporte da Cidade. O projeto que o
Governo manda para esta Casa propõe criar um fundo sem fundo, e isso é
retrocesso. Dos 395 quilômetros que estão aprovados no Plano Diretor, estão
construídos, desde 2009 até este momento, pouco mais de 20 quilômetros de
ciclovia. Portanto, nós não temos construído ainda 5%, 6% do que o Plano
determina.
Com esse recurso garantido, nós poderemos, em uma
agenda mais curta... E aqui quero dizer, com muita tranquilidade, que recurso
de Orçamento não garante construção de obras, porque, em toda gestão do Governo
Fogaça, se aplicou 38% dos investimentos dos recursos previstos nesta Casa. O
Prefeito Fortunati aumentou, foi para em torno de 46% ou 48%. Portanto,
simplesmente dizer que vai colocar no Orçamento é uma disputa. E depois que
coloca, não realiza. E aqui tem um fundo específico determinado para esse tema.
Então, Sr. Presidente, a nossa bancada, através do
Ver. Marcelo, tem um projeto que, pela força regimental, é o primeiro a ser
votado e analisado. Nós estamos mantendo este projeto para a discussão, até
porque já sinalizamos para o Governo – não de hoje, lá na frente – que a nossa
bancada, através do Ver. Marcelo, estava disposta a sentar junto com o Governo
e com a comunidade para construir um único projeto, porque isso não é disputa
de partido, não é disputa de mandato, é qualificação da Cidade e esta é a nossa
disposição!
Portanto, para ter o nosso acordo para prorrogar, o
Governo tem que vir aqui, dizer que quer negociar, construir e incorporar os
20%! Caso contrário, nós queremos discutir, votar e aprovar!
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Em votação nominal, por solicitação da Ver.ª Sofia
Cavedon, o Requerimento de autoria do Ver. Airto Ferronato. (Pausa.) (Após a
apuração nominal.) APROVADO por 15
votos SIM e 12 votos NÃO.
Senhores, a Diretoria Legislativa aqui comunicou
que houve um erro no processo porque veio os dois com o mesmo número. Então,
nós vamos refazer o processo.
O SR.
REGINALDO PUJOL: Ah! Não valeu a votação?
O SR. PRESIDENTE
(Professor Garcia): Exatamente, isso que estou explicando. Não valeu a
votação porque a informação que veio é que os dois projetos foram colocados
juntos; o que pode, porque são dois processos diferentes. Então, nós vamos
fazer o seguinte: nós vamos refazer a votação, quero esclarecer aos Vereadores.
Só um minuto Vereadora.
A SRA. SOFIA
CAVEDON: Sr. Presidente, é pertinente, é Questão de Ordem em relação ao
encaminhamento dos Requerimentos.
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Então, vamos votar o processo nº 108, que é de
quem?
A SRA. SOFIA
CAVEDON: Questão de Ordem, Presidente, precede, por favor! Vereador-Presidente,
primeiramente, não ficou claro se o requerente, Ver. Airto Ferronato, solicita
adiamento de ambos os projetos.
O SR. PRESIDEINTE
(Professor Garcia): De ambos os projetos, por duas Sessões.
A SRA. SOFIA
CAVEDON: Então, colocado isso, eu faço a seguinte consideração: nós temos uma
cultura política de respeito à autoria dos projetos, e o autor, Ver. Marcelo
Sgarbossa, não deseja adiar. Eu gostaria de perguntar ao Ver. Airto Ferronato
se ainda, assim, mantém o Requerimento de adiamento, rompendo com uma cultura
desta Casa.
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Vereadora, só se ele retirar o Requerimento. O
Requerimento que ele fez foi dos dois projetos, e foi explicitado de forma
clara.
O SR. ENGº
COMASSETTO: Eu até peço para o Líder do Governo ficar aqui, porque nós estamos
tentando fazer uma concertação. Eu fiz uma proposta da tribuna ao Governo no
sentido de, se é para adiar os dois, só tem um objetivo, que é de nós
conseguirmos construir uma síntese dele para um próximo momento.
O SR.
PRESIDENTE: Vereador, isso não é uma Questão de Ordem.
O SR. ENGº
COMASSETTO: Não, mas é uma questão que, se for para construir, nós gostaríamos de
ouvir essa posição do Governo.
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Mas fora do microfone de aparte. Por gentileza,
então, o Vereador mantém... Ver. Ferronato, V. Exa. mantém?
O SR. AIRTO
FERRONATO: Mantido os dois, não há porque retirar apenas um.
O SR.
PRESIDEINTE (Professor Garcia): Mantido os dois. O que a Ver.ª Sofia colocou, isso
não quer dizer que seja regimental, normalmente existe o acordo, mas, quando o
Vereador solicita...
O SR. MARCELO
SGARBOSSA: Eu, como autor do projeto, nosso primeiro projeto de lei, protocolado
no dia 01 de janeiro de 2012, primeiro dia do mandato, acho que o que importa
aqui, como eu falei na audiência pública, não é uma discussão de autoria de
paternidade, e, sim, o melhor para a Cidade. Se o Governo adiou, bom, adiamos o
nosso também, mas vamos sentar e discutir desta vez.
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Vereador, só uma pergunta: V. Exa. concorda, então,
com a possibilidade?
O SR. MARCELO
SGARBOSSA: Concordo com o adiamento.
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Então, eu vou aqui tentar facilitar e consultar a
Diretoria Legislativa. Se houve um acerto prévio entre os autores, nós
poderíamos votar em bloco os dois? É possível? Senão, a gente vai refazer a
votação.
O SR.
REGINALDO PUJOL: Se concorda e vota, eu já anulo a votação e pronto.
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Vereador, mas a informação veio errada, foi isso
que eu esclareci. Vereador, nós estamos só fazendo o conserto.
O SR.
REGINALDO PUJOL: Presidente, se tem que votar mais duas vezes, vamos votar de uma vez.
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Por isso
eu estou vendo a possibilidade de votar em bloco.
O SR.
REGINALDO PUJOL: Se tem que votar em bloco, em bloco já foi votado,
Sr. Presidente.
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Mas, Vereador,
é que foi feito de forma errada. Eu concordo com V. Exa. sobre essa visão, mas
houve um erro, Vereador.
O SR.
REGINALDO PUJOL: O senhor quer me informar, então, o que eu votei
anteriormente?
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Vereador, a
Diretoria Legislativa colocou os dois em bloco no registro do painel, só que
não havíamos combinado a questão da votação em bloco. Agora tem. Eu quero
propor que, se vocês tiverem entendimento de que pode ser em bloco, façamos
mediante votação simbólica. A intenção é facilitar e consertar o erro. Fazemos
a votação simbólica, encerramos esse processo e, depois, vamos votar o seu
Requerimento, Vereadora.
A SRA. SOFIA
CAVEDON: Presidente, o nosso entendimento é
o seguinte: houve uma manifestação de maioria por adiamento, e é, em função de
considerada maioria, que o Ver. Marcelo está concordando que o seu projeto seja
votado em outro momento, porque nós, inicialmente, não votaríamos por
adiamento. Nós não gostaríamos de repetir votação, gostaríamos que se considerasse
votada.
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Vereadora, só está reforçando o que estamos
propondo.
O SR. PEDRO
RUAS: Presidente, a posição do PSOL não é esta. Eu respeito a posição,
evidentemente, do PT, do autor, mas a nossa posição é de votar contra o
adiamento. Portanto eu quero a votação.
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): V. Exa. vai ter a oportunidade. Como há a
solicitação, eu vou disponibilizar a abertura do painel. Só quero falar o
seguinte: nós vamos votar os dois, em bloco, não tem encaminhamento porque é
renovação de votação.
O SR. ENGº
COMASSETTO: Sr. Presidente, quero dizer que o encaminhamento está equivocado, na
questão da Mesa: antes foi apresentado só um projeto, não foi apresentado o
segundo projeto. É óbvio, nós não discutimos. Muito obrigado, Sr. Presidente.
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Vereador, manifestado o erro pela Diretoria
Legislativa, lhe concedo... Eu só quero ressaltar que V. Exa. vai encaminhar o
projeto do Executivo.
O SR. CLÀUDIO
JANTA: Presidente, só um minutinho. Nós estamos fazendo um acordo de todos os
partidos para validar a votação, como se fosse para os dois projetos, tanto o
do Ver. Marcelo como o do Executivo. Se vamos abrir de novo para fazer
encaminhamento, então não valeu nada! Vamos voltar do zero!
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Vereador, eu lastimo, porque o erro foi meu.
Conduzi mal o processo.
O SR. CLÀUDIO
JANTA: Não, o erro foi de todos nós. Se nós estamos acertando que a votação
valeu para os dois projetos, até o autor aceitou, e agora vamos começar a
encaminhar de novo?
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Mas, se o Ver. Pedro Ruas quer, é um direito que
lhe assiste. Eu não tenho essa soberania. E que bom que eu não tenha.
O SR. MARCELO
SGARBOSSA: Posso esclarecer, como eu sou citado a todo momento? Eu concordo que
seja adiado porque acabamos de perder na votação, então não tem sentido...
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Vereador, isso não é uma Questão de Ordem,
desculpe. Nós estamos tentando, mas se o Vereador da sua Bancada quer
encaminhar, está aberto para todos.
O SR. DR.
THIAGO: Eu consulto a Diretoria Legislativa...
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Vereador, a Diretoria Legislativa...
O SR. DR.
THIAGO: Não, não, não! O senhor ouve e depois me cassa a palavra, o senhor faz
o que o senhor quiser, mas o senhor me ouve primeiro.
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Se for uma Questão de Ordem!
O SR. DR.
THIAGO: É uma Questão de Ordem! Se houve negativa da votação, tem que se votar
de novo aquilo que deu errado, para depois, sim, ter encaminhamento e votação
da outra situação. Senão o senhor estará incorrendo em erro legislativo sério,
que vai comprometer toda a votação! Se houve uma votação que foi errada, isso
está no Regimento, o senhor tem que retornar àquela votação, votar aquela
situação, e depois passar para outra!
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Eu vou me permitir, Vereador, dois minutos para eu
poder me acertar com a Diretoria Legislativa, porque, senão, este Presidente
não vai saber conduzir o processo. Aguardem um pouco para que eu possa acertar.
(Pausa.)
Srs. Vereadores, reconhecendo
o erro, vamos refazer a votação do Requerimento de autoria do Ver. Airto
Ferronato. Não cabe encaminhamento. Todos os Vereadores estão esclarecidos?
(Pausa.)
Em votação nominal,
solicitada pelo Ver. Dr. Thiago, o Requerimento de autoria do Ver. Airto
Ferronato que solicita o adiamento da discussão do PLCL nº 035/13, por duas
Sessões. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADO por 17 votos SIM e
13 votos NÃO.
Em votação o
Requerimento de autoria do Ver. Airto Ferronato, que solicita o adiamento, por
duas Sessões, da discussão do PLCE nº 010/13. (Pausa.) O Ver. Engº Comassetto
está com a palavra para encaminhar a votação do Requerimento de autoria do Ver.
Airto Ferronato.
O SR. ENGº COMASSETTO: Sr. Presidente,
colegas Vereadoras e Vereadores, prezados participantes do debate e
construtores da Cidade sustentável, eu creio que este momento de discussão,
aqui no plenário, de várias falas, de vários partidos que começaram a se posicionar
e buscar a encontrar uma solução para o projeto, é uma sinalização positiva.
Quero dizer que nós repetimos o voto por uma questão de coerência com a
primeira votação. Mas nós temos toda a disposição de ouvir do Governo que o
projeto de nossa autoria – do Ver. Marcelo Sgarbossa – que foi anterior a esse
que propõe a questão do Fundo e outros itens que estão insuficientes no projeto
do Governo sobre o resultado da audiência pública, possa ser debatido,
analisado e – por que não? – integrado ao projeto. Agora, isso só vai acontecer
se houver uma construção, nesses próximos dias, a respeito do projeto.
Bom, venho à tribuna,
em nome do nosso Partido, dizer, mais uma vez, que este não é um tema e um
debate simplesmente de situação e de oposição; este debate tem que qualificar a
Cidade. Isto tem que ser compromisso de todos nós. Esta disposição nós temos.
Agora, precisamos ouvir do Governo esta mesma disposição para que todos os
senhores e senhoras que aí estão possam ajudar nesse diálogo para construir um
projeto unificado com a síntese de tudo o que já foi conquistado até agora,
para que tudo seja garantido e para que a sociedade possa continuar a ter a
participação e fazer a fiscalização do processo. Este é o nosso encaminhamento,
Ver. Cecchim e demais Vereadores que estão aqui no plenário.
Já tínhamos sugerido
isto na votação anterior, mas, como não houve uma posição do Governo, através
do seu Líder, o Ver. Ferronato, nós estamos aqui, novamente, pedindo esta
posição do Governo para que possamos construir uma síntese dos dois projetos e
para que não se perca aquilo que a Cidade já ganhou, ou seja, que 20% das
multas sejam destinadas para a ciclovia e educação e que o fundo que está sendo
proposto seja um fundo com fundo. Muito obrigado. (Palmas.)
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Professor Garcia): O Ver. Dr.
Thiago está com a palavra para encaminhar a votação do Requerimento de autoria
do Ver. Airto Ferronato, que solicita o adiamento da discussão do PLCE nº
010/13 por duas Sessões.
O SR. DR. THIAGO: Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Sras.
Vereadoras, eu venho aqui só para sublinhar que este tem sido mais um dos
momentos desta situação neste ano. Então, venho solicitar – acho que esta é a
palavra, Presidente –, ao conjunto das Lideranças, Ver. Tarciso, eu sei que o
senhor compartilha comigo esta mesma ideia, este mesmo posicionamento, que nós
temos que, na reunião de Mesa e Lideranças, priorizar projetos que venham a
plenário e que, efetivamente, sejam votados. Nós não podemos priorizar na
reunião de Mesa e lideranças, chegarmos aqui no plenário e, por uma
contingência ou outra, mudarmos toda a sequência do que foi acordado lá. Porque
senão não conseguimos avançar, Ver. Tarciso, ficamos discutindo, aqui, a forma
de adiamento, discutindo o que já foi discutido, discutindo o que deveria ter
sido discutido lá. Então, eu acho que temos que fazer esse esforço coletivo no
sentido de priorizar projetos que, efetivamente, venham para cá e que sejam
votados. Bom, se não há acordo, nós todos somos adultos, nós temos nossas
ideias, nós temos os nossos ideais e vamos discutir de forma democrática, cada
um respeitando o outro. Vamos discutir democraticamente o que vai ser votado, e
não acordar uma coisa na reunião de Mesa e Lideranças. E nisso o Presidente tem
papel de juiz, eu acho que isso depende muito mais das lideranças, de todos nós
Vereadores, de votarmos o que foi discutido lá.
A segunda questão que
eu trago, objetivamente, aqui, neste tempo que me resta, é o art. 195 do nosso
Regimento. No meu modo de ver, acho que temos que refletir profundamente sobre
o art. 195, pensar muito sobre ele, porque ele fala que não haverá
prejudicialidade quando um Vereador propõe o projeto sobre uma mesma matéria, e
o Executivo, a Mesa ou a própria presidência propuserem matéria idêntica. Não
haverá prejudicialidade. Eu quero dizer aqui - e fazer uma saudação ao Ver.
Dib, que frequentemente nos liga – que, de forma legal e regimental, temos que
reavaliar o art. 195. Eu acho que tem que haver prejudicialidade, sim! Eu acho
que temos que privilegiar, garantir o direito autoral do Vereador, quando entra
com um projeto. Esse Vereador tem que ter precedência, mesmo que o assunto
venha do Executivo, mesmo que o assunto venha da presidência e mesmo que o
assunto venha da Mesa Diretora. O Vereador proponente tem que ter a precedência
para que possamos ter uma Câmara cada vez mais independente.
Então, faço essas
duas solicitações encarecidamente aos meus Pares: que o que foi combinado na
reunião de Mesa e Lideranças seja efetivamente votado e que possamos repensar a
questão da precedência, a questão do art. 195, para que esta Casa possa, a cada
dia, ser mais e mais independente.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PEDRO RUAS: Para efeito de
ganhar tempo, como o conteúdo exposto pelo Ver. Dr. Thiago era o que nós
apresentaríamos, o PSOL não encaminha.
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): A Ver.ª Sofia Cavedon está com a palavra para encaminhar a votação do Requerimento de autoria
do Ver. Airto Ferronato, que solicita o adiamento da discussão do PLCE nº
010/13 por duas Sessões, pela oposição.
A SRA. SOFIA
CAVEDON: Vereador-Presidente; Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, nós estamos
aqui em uma Sessão bastante confusa, para quem não está acostumado e
aparentemente brigando por questões fúteis. Por isso, acho muito importante que
façamos aqui as reflexões e os encaminhamentos desses requerimentos. Nós
vivemos aqui, situações muito graves para a democracia – muito graves. E quero
aqui, Lourdes, recordá-las. Nós tivemos, hoje de manhã, a sanção do projeto que
veda as máscaras. Eu não vou entrar no mérito, mas quero falar que este é um
projeto que vem da base do Governo, é polêmico, foi sancionado pelo Governo e,
em outros momentos - em muitos momentos -, nós tivemos aqui a aprovação e
votação de projetos da oposição e veto do Sr. Prefeito...
(Aparte antirregimental da Ver.ª Mônica Leal.)
A SRA. SOFIA
CAVEDON: Presidente, V. Exa. pode segurar o meu tempo, porque é impossível falar
com os Vereadores falando no plenário.
O SR. PRESIDENTE
(Professor Garcia): Vereadora, o encaminhamento tem que ser pertinente
ao tema.
A SRA. SOFIA
CAVEDON: O meu tempo está correndo, Presidente.
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Vereadora, eu parei o seu tempo e agora devolvi.
A SRA. SOFIA
CAVEDON: Quero dizer que se V. Exas. não consideram pertinente dar exemplo de
outros projetos, eu não entendo como o Vereador vai se manifestar na tribuna!
Desculpa, Vereadores! Mas para eu sustentar uma posição, gosto de trazer
situações já vividas aqui. Nós tivemos uma situação – e eu não gostaria que ela
se repetisse, em respeito a vocês, jovens de Porto Alegre: as nobres monitoras
desta Cidade, que atuam na educação infantil, tiveram vetada a sua mudança de
padrão pelo Prefeito Municipal. Esta Casa adiou a votação e nós tivemos um
compromisso firmado, nesta tribuna, pelo Líder do Governo - por outras
estratégias, Ver.ª Jussara, não foi por um requerimento, mas por tirar quórum.
Ele comprometeu-se, literalmente. Não foi assim, deu um sinal de que queria
dialogar; comprometeu-se, literalmente, de que encaminharia a esta Casa um
projeto de lei contemplando a reivindicação das monitoras, resolvendo a
ilegalidade da emenda ser da Vereadora de oposição ou de ser do Parlamento.
Comprometeu-se! E o Governo, na Sessão seguinte, muito bem, os Vereadores
mantiveram o Veto porque, enfim, acho que confiam no seu Governo. E o Governo,
nas duas semanas subsequentes, as monitoras mobilizadas foram em reunião,
confiantes que o Governo mandaria o projeto. O Governo disse, escreveu o
contrário do que foi dito aqui na tribuna. Disse que não era possível, que não
tinha padrão 7 e que não tinha abono, e ponto. Então o encaminhamento aqui,
Ver. Paulo Brum, porque foi assim mesmo... Eu quero que alguém venha aqui dizer
que eu menti sobre esse processo e então o nosso encaminhamento aqui, se há um
adiamento porque o Ver. Airto Ferronato, de novo, em nome do Governo, diz que
vai buscar o entendimento, nós gostaríamos que tivesse seriedade com o
Parlamento, com os Vereadores, seriedade com o povo de Porto Alegre, com os
cicloativistas, com a população desta Cidade que luta nas ruas, com os jovens
que morrem porque é uma militância que eles fazem quando andam de bicicleta
correndo o risco que eles correm nas ruas de Porto Alegre, com a sua morte, com
os seus acidentes, com seus riscos, eles lutam por outra cidade. Não vamos
assistir ao que nós assistimos aqui duas ou três semanas atrás. Um governo se
comprometendo literalmente. Não foi de forma genérica, não foi por um processo
longo, foi literalmente, e duas semanas depois o compromisso não valia nada.
Esta é a grande verdade. Se o adiamento aqui está sendo promovido pelo Governo
que seja para mudar de postura, que seja para reconhecer esta luta, que seja
para reconhecer que uma cidade só muda a sua cultura, só protege a vida se
tiver muito recurso, se tiver vontade política para modificar a estrutura desta
Cidade, e esta vontade política está traduzida no percentual das multas
dedicado às ciclovias. Então, que seja, sim, que mude o quadro da postura do
Governo nesta Casa, porque até então não tem crédito. Muito obrigada.
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra para encaminhar a votação do Requerimento de autoria
do Ver. Airto Ferronato, que solicita o adiamento da discussão do PLCE nº
010/13, por duas Sessões.
O SR.
REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras, Srs. Vereadores,
tenho em mãos cinco emendas que foram, nesta tarde, colocadas no Projeto de Lei
cujo adiamento estamos discutindo. E não são todas, ainda há algumas que não
foram distribuídas. Nós temos aqui até a Emenda nº 08, e nós havíamos apregoado
até a Emenda nº 11, todas elas, com profundidade, com alcance, que merecem, no
mínimo, serem estudadas por nós. Quero deixar muito claro o seguinte: desde
dezembro, eu acompanho este processo, e por mim ele teria sido votado em
dezembro; nós entendemos, o conjunto da Casa entendeu, que ele só poderia ser
votado após uma ampla audiência pública, que ocorreu na segunda-feira. Dessa
audiência pública para cá surgiram tratativas as mais diversas e propostas as
mais diversas. E por isso, Ver. Manfro, há poucos minutos votamos o adiamento
do processo do nosso colega Vereador. Agora, se não adiarmos o projeto que aqui
está conosco e viermos a votá-lo ainda no dia de hoje e eventualmente
aprová-lo, o projeto do nosso companheiro Vereador desapareceu. Eu julguei,
quando votei a primeira vez, que eu tinha votado o adiamento dos dois projetos.
Era o lógico. Depois houve toda essa confusão e nós estamos repetindo as
votações. Então não há outra posição a adotar senão manter minha coerência; se
eu fui a favor por duas vezes do adiamento, por que agora vou alterar? Não tem
motivo nenhum para alterar. Ótimo, vamos resolver este problema, depois temos
que discutir outros requerimentos que foram interpostos legitimamente por
colegas Vereadores, e com isso se foi a tarde. Temos 16h15min e estamos
discutindo as preliminares, Ver. Manfro. Colaboro no que posso.
Termino meu pronunciamento por aqui dizendo que,
além de ser coerente é até consequente, o voto que proponho é que façamos
agora, e adiarmos essa matéria da mesma forma que adiamos o projeto
concorrente, por assim dizer. Era isso, Sr. Presidente.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE
(Professor Garcia): Em votação nominal, solicitada pela Bancada do PSOL, o Requerimento de autoria do Ver. Airto Ferronato, que solicita o
adiamento da discussão do PLCE nº 010/13, por duas Sessões. (Pausa.) (Após a
apuração nominal.) APROVADO, por 17
votos SIM e 11 votos NÃO.
O SR. REGINALDO PUJOL (Requerimento): Sr.
Presidente, evidentemente vamos apressar os Requerimentos, mas eu também quero
apresentar um Requerimento, solicitando o adiamento do PLL nº 245/11, de
autoria deste Vereador, por cinco Sessões. Vou firmar o documento.
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Por gentileza, Vereador.
Em votação o Requerimento, de autoria da Ver.ª
Sofia Cavedon, solicitando que a discussão do PLCE 010/13 e o PLCL 035/13 seja
realizada à noite em Sessão Extraordinária (Pausa.)
A Ver.ª Sofia Cavedon está com a palavra para
encaminhar a votação do Requerimento de sua autoria.
A SRA. SOFIA
CAVEDON: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras, Srs. Vereadores, acho que a presença
dos cicloativistas aqui hoje em comparação com a presença na audiência pública
é demonstrativa da dificuldade das pessoas implicadas numa decisão como essa de
acompanharem a votação e conversarem com os Vereadores, de explicarem seu ponto
de vista, de ouvirem, inclusive, o argumento do Vereador, da Vereadora, que
pensa diferenciado, que propôs uma emenda diferenciada. É óbvio que a maioria
da nossa população trabalha durante o dia, e que é muito difícil conseguir
acompanhar as Sessões da Casa, em que se tomam decisões da sua vida. Nós temos
exemplos e, aliás, a maioria das cidades do Interior, Ver. Jussara, e agora, há
duas ou três semanas, a Câmara de Vereadores de Novo Hamburgo votou e alterou o
horário da Sessão para que haja Sessão noturna, em que a população possa
acompanhar os trabalhos, seja presencialmente, seja pela transmissão direta no
canal da TV. Ora, o que acontece em algumas cidades é belíssimo, é uma
interatividade sem par da Câmara de Vereadores, Dr. Villela, com a sua cidade.
Virou, inclusive, um horário obrigatório de acompanhamento: qual é o debate que
a Câmara está fazendo, qual o tema que está em debate, a cidade se politizando,
a Câmara crescendo, mostrando à cidade que os temas relevantes, tornando mais
permeáveis à cidade, respeitando profundamente a cidadania. Nós já temos aqui,
tramita há alguns anos, e já fizemos as duas discussões – porque é um projeto
que altera Regimento, precisa de duas discussões em plenário e votação –, nós
já fizemos duas sessões de discussão para votação e não colocamos o projeto em
votação porque ainda não temos uma compreensão majoritária nesta Casa, mas
vamos começar a insistir nos temas, especificamente, em cada tema. Sobre o
Projeto do Parque Gasômetro, nós entendíamos que ele devia ser votado à noite.
Acho que tem um prejuízo muito grande para a cidade saber a notícia depois,
ouvir falar da decisão já tomada, não poder acompanhar, não poder mandar um e-mail, acompanhar no WhatsApp, no Twitter,
falar com um Vereador. Hoje, há outros instrumentos de comunicação que
aprofundam a democracia, que só vêm valorizar as nossas instituições
democráticas. Nós não temos a menor dúvida disso. Eu dizia hoje no artigo do
tema das máscaras que melhorar a democracia, que aprimorar a democracia – essa
é a palavra –, só se faz com mais democracia, só com experimentação
democrática. Às vezes, isso é conflituado, isso é difícil com a população
presente contrariada, e eu vivi muitas situações quando éramos Governo, quando
os funcionários públicos estavam aqui, quando os colegas funcionários lotavam
as galerias, quando nossos funcionários lotavam as galerias, e tivemos que
abrir diálogo, evoluir as nossas posições porque a posição contrária da
população atingida estava presente na nossa Casa. Acho que isso só tende a
fazer a evolução da democracia e tende a gerar uma cidade muito melhor, uma
cidadania muito mais ciente de que ela é quem decide a sua cidade. Então, é com
base nisso e porque este tema não é um tema do grupo dos dedicados ao ciclismo
– volto a trazer esse tema, como muitos de vocês falaram na tribuna. Esse tema
importa a todos que estão vendo uma cidade que não flui mais, uma cidade
conflituada, uma cidade violenta, uma cidade poluída, e isso não é problema dos
ciclistas, é um problema da cidade de Porto Alegre, de 1 milhão e 400 mil
pessoas que sonham com uma cidade de harmonia, uma cidade que flua, uma cidade
que não seja violenta e que seja segura. Este é o encaminhamento, que agendemos
uma sessão noturna e que possamos fazer a melhor votação que honre a democracia
que esta Cidade já viveu e já construiu. (Palmas.)
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra para
encaminhar a votação do Requerimento da Ver.ª Sofia Cavedon.
O SR.
REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores,
honestamente, Sr. Presidente, eu tenho fortes dúvidas que se encaminhe
praticamente a certeza da regimentalidade deste Requerimento. O Requerimento
contraria frontalmente as disposições do Regimento da Casa, e obviamente que a
realização de sessões fora dos horários programados se dará só se convocadas
especialmente com a antecedência devida, com matéria previamente estabelecida,
que não é o caso concreto. O fato de que, nesse horário, à noite, teria maior
frequência aqui em torno do assunto, isso ocorre com vários outros projetos em
que o povo trabalhador, que tem que submeter aos horários rigorosos da jornada
de trabalho, não consegue vir aqui. Como também não consegue vir à noite, à
medida que, terminado o dia de labor, eles estão cansados e querem ir para a
sua residência descansar com a sua família. Então, essa excepcionalidade que se
pretende, num gesto que está legitimada a Vereadora em assim o requerer, mas
que nós não estamos obrigados a concordar com essa verdadeira afronta ao
Regimento da Casa, abrindo um precedente sem necessidade de fazê-lo,
estabelecendo que daqui por diante os horários de votação não são mais aqueles
estabelecidos no Regimento da Casa, Ver. Villela, serão naqueles que,
ocasionalmente, venham interessar a alguns dos integrantes da Casa. Ora, nós
temos regras regimentais, que podem ser alteradas, e, enquanto não forem, nós
temos que respeitá-las. Se não as respeitarmos, nós estamos criando a condição
para que nós não tenhamos legitimidade nas nossas decisões. Toda a decisão que
for contrária ao Regimento é anulável, para não dizer que é nula de pleno
direito. Por isso, Sr. Presidente, com respeito total à proponente, mas firme
nas minhas convicções, nas minhas posições, eu estou na tribuna antecipando que
o meu voto será contrário ao Requerimento proposto.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA. SOFIA
CAVEDON: Só uma questão para esclarecimento, Vereador, muito rápida. O Ver.
Reginaldo Pujol disse que há ilegalidade...
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Não, Vereadora, agora não cabe.
A SRA. SOFIA
CAVEDON: Presidente, o senhor pode me responder o questionamento? Eu pergunto se
tem base no Regimento dizer que é ilegal chamar uma Sessão Extraordinária para
a votação de projetos.
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Vereadora, V. Exa. fez, e nós vamos, agora, votar.
Ver. Reginaldo Pujol, por gentileza.
(Manifestação fora do microfone. Inaudível.)
O SR.
REGINALDO PUJOL: A Vereadora está falando um absurdo, eu vou ter que
corrigir.
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Eu sei, Vereador, mas assim ficaríamos num debate.
Vereadora, por gentileza.
O Ver. Pedro Ruas está com a palavra para
encaminhar a votação do Requerimento de autoria da Ver.ª Sofia Cavedon.
O SR. PEDRO
RUAS: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, público que nos
assiste, eu respondo, Ver.ª Sofia Cavedon, àquele questionamento: com certeza,
não há nenhum impedimento, Vereadora. E mais: o que me parece – respeitando
opiniões em contrário – é que é necessário, sim, que nós tenhamos essa votação,
prevista em horário noturno, porque é importante, é urgente e é a possibilidade
de a comunidade acompanhar a votação. Então me parece uma obviedade que nós
tenhamos a possibilidade, e, havendo a possibilidade, como há, regimentalmente
– não há nenhuma dificuldade regimental ou estatutária quanto a isso –, que nós
façamos a ação política, que é, exatamente, a ação de votarmos num horário
compatível, repito: com a importância e com a urgência do tema, com a
possibilidade do acompanhamento da população em geral. Por óbvio, essa questão
merece um tratamento especial, do meu ponto de vista, para o debate em si, a
votação foi adiada, contra a vontade do autor – o que é incomum, ou singular,
pelo menos, para não dizer muito ruim. O projeto foi adiado contra a vontade do
autor! Na melhor das hipóteses, é singular, a melhor. Numa hipótese mais
corriqueira, eu diria o seguinte: é muito ruim estabelecer esse precedente de
adiar a votação de um projeto contra a vontade do seu próprio autor. Então eu
registro, Vereadoras, Vereadores, que nós votaremos, sim, o PSOL, eu e a Ver.ª
Fernanda Melchionna, a favor da proposta, favoravelmente à proposta, porque eu
não tenho a menor dúvida de que ela atende aos interesses da Cidade, não apenas
de quem usa, mas também de quem não usa a via cicloviária da Cidade. Que a
Cidade possa acompanhar o debate, e que ele, finalmente, resulte numa votação
favorável a essa alternativa importantíssima de transporte em Porto Alegre.
Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): A Ver.ª Fernanda Melchionna está com a palavra para
encaminhar a votação do Requerimento de autoria da Ver.ª Sofia Cavedon, pela
oposição.
A SRA.
FERNANDA MELCHIONNA: Presidente Garcia, Vereadores, Vereadoras,
sobretudo público que nos assiste, eu acho que tudo é feito de sinalizações. A
vida e a política certamente demonstram, na votação de um Requerimento
democrático, a posição política de alguns Partidos, já mostra a manutenção do
ataque ao Plano Diretor Cicloviário. Eu espero - eu não vejo o Ver. Ferronato -
que não seja uma posição do Governo rejeitar o requerimento que, no dia da
votação dos projetos que tratam o Plano Diretor Cicloviário, essas Sessões
sejam à noite. Espero que não seja uma forma de mais uma vez afastar o povo da
política, porque a prática e a tentativa de que as Sessões da Câmara possam
ocorrer também de noite, é uma forma de que o povo possa acompanhar cada vez
mais os debates que são realizados dentro do Parlamento. E nós sabemos que para
os políticos tradicionais dos Partidos do regime que defendem esta ordem podre
do loteamento da máquina pública, da política do toma lá e da cá, da
politicagem barata com os recursos públicos, o povo participar da política é
aterrorizante. Os Partidos do regime e governos que não conseguiram e não
quiseram responder aos questionamentos que a juventude indignada pautou nas
ruas do Brasil, em junho do ano passado, tratam, evidentemente, por um lado, de
seguir criminalizando os movimentos, mas mais de evitar com que se tenham
ampliações das liberdades democráticas e das liberdades de expressões, tanto
dos movimentos sociais quanto dos cidadãos que querem acompanhar a votação de
projetos. E hoje várias pessoas gostariam de estar aqui, André, eu sei que
gostariam, mas trabalham, não podem. Quantos colegas teus, quanto
cicloativistas vão trabalhar de bicicleta? Eu conheço gente que pedala 8
quilômetros diariamente - tu pedalas 36 quilômetros porque usas a bicicleta
como meio de transporte - e não pode estar na tarde de hoje discutindo, aliás,
assistindo à votação, lamentavelmente, porque muitas vezes o movimentos vêm e
não conseguem o canal de diálogo. Foi adiada a votação do Plano Diretor
Cicloviário tanto da criação do fundo, proposta pelo Marcelo, quanto do projeto
que é um ataque ao Plano Diretor Cicloviário, é um projeto que retira qualquer
possibilidade de executá-lo. E eu não digo só nas ciclovias e ciclofaixas, que,
para mim, são muito importantes, porque o Plano prevê 495 quilômetros, e nós
temos menos de 21 quilômetros em Porto Alegre, mas, sobretudo, educação para o
trânsito, educação sistemática, educação nas escolas, campanha de massa,
alertando sobre a importância de respeitar a bicicleta como meio de transporte
e não apenas como meio de lazer; de respeitar e incentivar o uso da bicicleta como
meio de transporte não poluente, condizente com a situação atual do mundo,
porque o aquecimento global é uma realidade depois de séculos de implementação
de um modelo de lucro acima da vida, de uso enorme dos combustíveis fósseis e
de enorme poluição causada pela lógica capitalista. Nós precisamos mudar
radicalmente essa lógica, e essa discussão tem que ser feita, e tem que ser
feita de noite, para que o povo possa participar. Foi adiada a votação dos
projetos. Vocês estão mobilizados, e nós ocupamos essa tribuna em nome do PSOL,
naquele momento, para alertar que o Governo faz esses requerimentos de
adiamento para centralizar a base e depois atacar os movimentos, que foi o que
aconteceu com as monitoras, que foi o que aconteceu inclusive com as árvores. Olhem
que ironia, no dia em que estávamos votando o Parque do Gasômetro, às 4 horas
da manhã cortaram oito árvores, na calada da madrugada, bem como fazia a
ditadura militar, cumprindo ordens judiciais durante a madrugada.
Nós queremos encaminhar favoravelmente o
Requerimento, dizendo a cada um dos Vereadores e Vereadoras que esta votação
será uma sinalização, certamente, para os ciclistas que estão nos acompanhando
na tarde de hoje.
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): A Ver.ª Jussara Cony está com a palavra para
encaminhar a votação do Requerimento de autoria da Ver.ª Sofia Cavedon.
A SRA. JUSSARA
CONY: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras, Srs. Vereadores, os que ainda
continuam aqui nos brindando com suas presenças nesta Sessão da Câmara; em
primeiro lugar, Ver.ª Sofia, eu digo, em nome da Bancada do PCdoB - em nome do
Ver. João Derly e em meu nome -, que vamos aprovar esse seu Requerimento.
Estamos tentando até evoluir em uma proposta para esta Casa. Talvez eu seja
aqui a mais velha em idade e que participou do enfrentamento à ditadura militar
desde o seu início, passou pelo processo de redemocratização do nosso País, e
ainda acho que nada está pronto ou acabado sob a ótica da democracia. No Brasil
e no mundo, nada está pronto ou acabado! Porque a democracia é uma construção
cotidiana e ela dialoga com a realidade objetiva de cada lugar. Eu gosto muito
de ler Tolstoi, que tem uma frase que define muito as questões urbanas, a
cidade: “Conhece a tua aldeia e serás universal.” Pois esta aldeia Porto Alegre
é uma cidade conhecida mundialmente, inclusive referência sob a ótica da
participação popular, da democracia. Acho que o Orçamento Participativo iniciou
um processo importante na cidade de Porto Alegre e se deu também naqueles momentos
em que ainda não tínhamos chegado, começou em 1988. Lembro que eu era Vereadora
nesta Casa, há 30 anos; fui a Vereadora mais votada da cidade de Porto Alegre,
tive 16 mil votos e não consegui ser Vereadora exatamente pela restrição que se
tinha, naquele momento, nas próprias questões das leis eleitorais, que, aliás,
na minha ótica ainda estão em questionamento. Precisamos de uma reforma
política que aprofunde a democracia. Precisamos de uma reforma política que não
tenha financiamento privado, que seja financiamento público, que tenha listas,
com ordem, com a possibilidade da participação das mulheres, não lá no fim de
uma lista para cumprir cota, mas em paridade, em igualdade, até começando por
nós, na medida em que somos a maioria. Essa é uma questão a ser ainda
aprofundada e, em todos os momentos, estamos procurando trabalhar. Acho que não
é uma questão regimental o que nós estamos discutindo, é uma questão política.
A democracia representativa é parte, sim, é importante, e não podemos
descaracterizá-la, descaracterizando os Partidos políticos. No momento atual do
estágio da nossa democracia, ela é a democracia representativa, é parte do
atual estágio. E essa democracia representativa, que nós aqui Vereadores somos,
foi construída a duras penas nesse tempo todo da ditadura militar, do golpe da
redemocratização, enfim. Mas essa democracia representativa está sendo
questionada nas ruas por aqueles que querem mais! Eu sou uma que fui às
passeatas, com a bandeira do meu Partido, o PCdoB, não negando o meu Partido,
inclusive queriam que eu arriasse a minha bandeira, eu disse: “Não!” Na minha
vida inteira, desde os meus 14 anos de militância, aos 71 anos, eu nunca arriei
essa bandeira e não vou arriá-la, porque ela é fruto da luta do povo brasileiro
pelas liberdades democráticas.
Então, essa democracia representativa será mais
respeitada e aprofundada se a população puder mais e mais participar e ter
espaços. A nós não fere. Uma Sessão noturna é o momento em que mais e mais
pessoas, ativistas sociais, movimento sindical, movimento comunitário,
movimento de mulheres, de jovens, de negros, movimentos dos ciclistas, como
hoje estão aqui, e tantos outros, podem estar aqui dialogando conosco e
acompanhando. Eu acho que isso valoriza os nossos mandatos, porque são mandatos
representativos, com voto popular. Assim como esse voto vem, ele pode não vir
mais, a depender do comportamento. Por isso que eu digo que não é uma questão
regimental, é uma questão de decisão política. Então, eu queria, Sr.
Presidente, Ver.ª Sofia, ao dizer...
(Som cortado
automaticamente por limitação de tempo.)
(Presidente concede
tempo para o término do pronunciamento.)
A SRA. JUSSARA
CONY: ...avisar
que a nossa bancada, inclusive, propõe – porque esse aqui, desse Requerimento,
é um episódio – que a gente tenha uma reunião de Mesa com as Lideranças desta
Casa, com os Vereadores, para aprofundar essa discussão, para que a gente não
tenha que, a todo momento, estar apresentando um requerimento como esse, que eu
espero, seja aprovado. Democracia mesmo, senhores, é só com mais e mais e mais
democracia. Muito obrigada.
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): O Ver. Mauro Pinheiro está com a palavra para
encaminhar a votação do Requerimento de autoria da Ver.ª Sofia Cavedon.
O SR. MAURO
PINHEIRO: Sr.
Presidente, Professor Garcia; demais Vereadores e Vereadoras, público que nos
assiste das galerias e pela TVCâmara; acho que nós temos uma oportunidade
ímpar, e quero discordar daqueles que pensam de forma diferente, Ver. Paulo
Brum, porque assim é a democracia. Esta Casa representa as mais diversas
categorias, pessoas, bairros, ciclistas, motoristas. O Parlamento, Ver.
Paulinho Motorista, é isso; a gente vem, discute e, muitas vezes, Ver.ª Jussara
Cony, até não estamos muito bem convencidos, mas, na discussão, a gente vai
buscando informações, pensamentos diferentes e vai construindo, o que eu acho
que é importante.
O projeto do Ver. Marcelo Sgarbossa é um projeto
inovador e importante para a Cidade. Como a Ver.ª Jussara Cony disse – e o fez
muito bem –, as pessoas saíram às ruas, as pessoas querem participar da
democracia, e o Ver. Marcelo traz uma nova proposta para a Cidade. Hoje o
trânsito está completamente caótico em Porto Alegre, e nós temos que buscar
soluções. O incentivo às pessoas saírem de bicicleta, às pessoas discutirem o
trânsito, isso tudo está incluído nesse projeto, não é só a ciclovia em si; a
educação no trânsito, a nova forma de se relacionarem o motorista do ônibus, o
do caminhão, o do lotação, o da bicicleta, isso tudo é importante. E, se é tão
importante para a Cidade, por que não aumentar o público, aumentar a discussão,
trazer as pessoas para a participação. E a ideia da
Ver.ª Sofia Cavedon, que faz através de um requerimento, é para que tenhamos
uma sessão extraordinária, para que seja à noite, para que essas pessoas possam
estar aqui na Câmara discutindo, trazendo as suas opiniões, escutando os
Vereadores, escutando o debate, para que o debate da Cidade seja mais
democrático. Os Vereadores, muitas vezes, subestimam as pessoas, como é o caso
do Ver. Pujol quando diz “ah, as pessoas estão cansadas, não vão vir à noite”.
Eu discordo! Na democracia participativa, as pessoas querem discutir a Cidade.
Nós temos, Ver. Kopittke, que mostrar à população que queremos dialogar, que
queremos escutar a população. Esse debate noturno é importante. E, talvez, mais
que o debate noturno, Ver.ª Sofia Cavedon, eu acho que nós devemos ter também,
quem sabe, sessões plenárias em que a Câmara vá até a comunidade. Por que não projetos
importantes lá no Lami? Por que a Câmara não faz uma sessão extraordinária lá
na comunidade para ela ver o debate dos Vereadores? Para saber como o seu
Vereador está se posicionando? Por que não fazer uma sessão extraordinária lá
no Rubem Berta, à noite, para escutar a população, escutar aquelas questões que
dizem respeito àquela comunidade, para que possa participar, ver o debate no
Parlamento?
Eu acho que nós,
Vereadores, não temos que subestimar; nós temos, sim, que nos engrandecermos e
levar a discussão com a comunidade, com a população, trazer o debate para esta
Casa. Porque, mesmo aquele que não puder vir até aqui numa sessão noturna, ele
pode assistir da sua residência esse debate e ficar sabendo o que está
acontecendo na sua cidade. E, hoje, através dos meios de comunicação – do
Facebook, do e-mail, do Twitter –,
poder dar a sua opinião até mesmo em tempo real, mesmo estando em sua casa,
para que Vereador que está aqui votando, que está discutindo uma matéria
importante, Ver. Nedel, tenha o termômetro do que pensa a comunidade, do que
pensa a população.
Portanto, eu acho que
esta Casa tem que pensar para frente, tem que inovar, buscar o novo. E o novo é
a relação com a comunidade, com a sociedade, saber o que pensam as pessoas que
nos representam, saber o que pensa o seu Vereador. Nós temos é que nos
engrandecer, discutir e ouvir a população. A democracia é importante e tem que
ter participação! E nós somos favoráveis, sim, a termos sessões noturnas, e
essa oportunidade da sessão extraordinária é uma oportunidade de sabermos o que
a população pensa da participação nas sessões plenárias desta Casa. (Palmas.)
(Não revisado pelo
orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): O Ver. Valter Nagelstein está com a palavra
para encaminhar a votação do Requerimento de autoria da Ver.ª Sofia Cavedon.
O SR. VALTER
NAGELSTEIN:
Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras, eu quero disputar na
política isto que está sendo discutido aqui, até porque, se a gente não disputa
na política e não afirma, passa batido como se fosse bandeira de determinados
Partidos.
Falo aqui como Vereador do PMDB e como
Presidente do Municipal do partido.
Eu me dirijo, em primeiro lugar, ao Presidente
da Câmara de Vereadores, que é do meu partido, o PMDB, e lembro do anterior
Presidente da Câmara de Vereadores, do meu partido, o PMDB, para lembrar que
isso que o Ver. Comassetto falou, nas gestões do PMDB, diferentemente das do
PT, nós fizemos, com o Presidente Sebastião Melo – e os companheiros sabem
disso – várias audiências públicas, Ver. Ferronato, sessões da Câmara de
Vereadores em vários bairros da Cidade - não foi, Presidente? Então, com
relação a isso, ninguém está trazendo nenhuma novidade. E nós não somos contra,
muito antes pelo contrário. Nós somos protagonistas desta ideia. Então, alto lá
com essas autorias! Tem muita gente que dorme de noite e, no dia seguinte,
apresenta emendas como se fossem autores de ideias maravilhosas. O Parque do
Gasômetro está aí.
Também há a questão da ciclovia, do Plano
Diretor Cicloviário. Vou repetir aqui: isso foi no Governo José Fogaça. Eu me
lembro quando chegou a Rejane, que está aqui e trouxe do Governo o que era um
acúmulo de muito tempo, que estava sendo feito. Então, por favor, não vamos
aparecer aqui e dizer: “Isso é ideia nossa, é bandeira nossa”. Não, é bandeira
desta Câmara, porque foi esta Câmara que aprovou o Plano Diretor Cicloviário.
Quando eu disse que sou contra reduzir os 20%, é
porque só admito discutir a redução, meu caro Líder, dos 20%, no dia em que nós
concluirmos todas aquelas ciclovias que estão programadas lá. No dia em que nós
concluirmos, eu concordo que a gente rediscuta. Por quê? Porque isso é uma
bandeira nossa, porque fomos nós que também trouxemos isso; nós, meu caro Mario
Manfro; tu, Vereador da nossa base; o Ver. Reginaldo Pujol, da nossa base,
Paulinho. Compreende?
Então, não podemos renunciar a coisas que nós
fizemos, porque, depois, ficamos de malvados na história, e os outros ficam de
libertários, de os que querem o desenvolvimento sustentável. Não, nós também
queremos isso. Nós protagonizamos isso, nós pensamos isso, nós desenvolvemos
isso.
Tem muito trabalho lá, Ver. Villela. Eu saúdo
todos os movimentos verdes. Outro dia, eu disse, aqui, que Porto Alegre era uma
cidade verde. E repito: Porto Alegre é uma cidade verde! Mas eu quero lembrar
que são de iniciativa de V. Exa. a maior parte dos parques de Porto Alegre. É
preciso dizer isso também. E eu nunca vi, por exemplo, a Agapam, pela qual
tenho o maior respeito, vir homenageá-lo. V. Exa. fez o Parque Marinha do
Brasil, fez o Parcão, fez tantos outros parques e não vi nunca homenagearem V.
Exa. Por quê? Por preconceito ideológico?
Então, nós precisamos da política. E me perdoem
por eu afirmar isso, mas nós precisamos na política também disputar essas bandeiras,
porque senão ficamos tachados, rotulados.
O pessoal fala de movimentos das ruas... Eu
quero dizer que eu tenho vergonha, Sr. Presidente! Primeiro, porque essa
questão de fazer Sessão à noite nós já votamos aqui há poucos dias; então, tem
que haver respeito com o Legislativo. Eu vou suscitar na CCJ a questão do
precedente legislativo - nós já votamos isso. É importante ter audiência
pública? É. É importante levar para os bairros? É. Mas a Câmara já se
manifestou sobre isso; então, nós temos que respeitar a democracia, a vontade
soberana da maioria.
Agora, eu quero dizer, Sr. Presidente, que ontem
eu tive vergonha quando eu vi a Senadora Gleisi...
(Som cortado automaticamente por limitação de
tempo.)
(Presidente concede
tempo para o término do pronunciamento.)
O SR. VALTER
NAGELSTEIN: ...Vi a Senadora Gleisi Hoffmann dizer que não
precisava fazer a CPI da Petrobras, que atentava contra a ampla defesa, contra
o contraditório. Eu não acreditaria, se não tivesse visto, que era uma senadora
do PT falando aquilo; do PT que dizia que ia preservar a Petrobras, Ver. Mauro
Pinheiro; da tua posição, que estava falando a respeito da Procempa, ontem,
aqui. Nós precisamos ser coerentes!
O que as ruas
pediram, o que as ruas querem é serviço público com eficiência, é
transparência, é menos violência no Rio Grande do Sul - a cada 72 horas tem
morrido uma pessoa vítima de latrocínio -, onde não há mais segurança. O que as
pessoas querem é menos burocracia! É diferente da maior parte das bandeiras que
o PT tem levantado. É diferente da maior parte das bandeiras que o PT tem
levantado, que tornam o Estado pesado, burocrático, que não responde às
pessoas, que não retorna os impostos que são pagos. É completamente diferente.
Então, eu quero disputar na política. E quero afirmar: não se apropriem de
bandeiras que não são somente suas, porque também são bandeiras nossas. Um país
melhor é por aquilo que nós lutamos. Não podemos dividir o mundo entre aqueles
que são bons e aqueles que são maus, e todos aqueles que não concordam, ou que
eventualmente discordem não prestam! Muito obrigado, Sr. Presidente.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Professor Garcia): Em votação
nominal, por solicitação do Ver. Mario Manfro, o Requerimento de autoria da
Ver.ª Sofia Cavedon. (Pausa.) (Após apuração nominal.) REJEITADO por 11 votos SIM e 16 votos NÃO.
Em votação nominal, solicitada pelo Ver. João
Carlos Nedel, a Emenda nº 02 ao PLCL nº 012/13. (Pausa.) (Após a apuração
nominal.) REJEITADA por 08 votos SIM, 14 votos NÃO e 02 ABSTENÇÕES.
Em votação nominal, solicitada pelo Ver. Pedro
Ruas, o PLCL nº 012/13. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) Dezessete votos.
Não há quórum.
O SR. PRESIDENTE (Professor Garcia – às 17h08min): Encerrada a
Ordem do Dia.
Passamos à
(05 oradores/05 minutos/com aparte)
1ª SESSÃO
PROC. Nº 1298/13 – SUBSTITUTIVO Nº 01, de autoria do
Ver. Dr. Thiago, que obriga
os bares, os restaurantes e os estabelecimentos similares a conceder desconto
especial ou a oferecer prato especial de porção reduzida às pessoas que tenham
realizado cirurgia bariátrica ou outra gastroplastia para redução do estômago, ao PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO Nº 118/13, de autoria do Ver. Dr. Thiago.
PROC. Nº
0282/14 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 017/14, de autoria do Ver. João Carlos Nedel,
que inclui o evento Pedalando Pela Vida no Anexo II da Lei nº 10.903, de 31 de
maio de 2010 – que institui o Calendário de Eventos de Porto Alegre e o
Calendário Mensal de Atividades de Porto Alegre, dispõe sobre a gestão desses
Calendários e revoga legislação sobre o tema –, e alterações posteriores, no
domingo que ocorrer entre os dias 21 e 27 de setembro.
PROC.
Nº 0420/14 – PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 007/14, de autoria do Ver. Márcio Bins Ely, que concede a Comenda
Porto do Sol à Associação Hospitalar Vila Nova.
PROC.
Nº 0432/14 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 031/14, de autoria do Ver. Paulinho Motorista,
que denomina Rua Olívia da Silva Romera o logradouro não cadastrado conhecido
como Beco Um – Rua Cel. Timoteo –, localizado no Bairro Camaquã.
PROC.
Nº 0650/14 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 063/14, de autoria da Mesa Diretora, que cria,
no Quadro dos Cargos em Comissão e Funções Gratificadas, constante do art. 20
da Lei nº 5.811, de 8 de dezembro de 1986 – que estabelece o Sistema de
Classificação de Cargos e Funções da Câmara Municipal de Porto Alegre e dá
outras providências –, e alterações posteriores, 2 (dois) cargos em comissão de
Assessor Parlamentar de Plenário.
2ª SESSÃO
PROC.
Nº 0373/14 – PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 004/14, de autoria da Verª Jussara Cony, que concede a Comenda
Porto do Sol ao Opinião Teatro Bar Ltda.
PROC.
Nº 0414/14 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 029/14, de autoria do Ver. Paulo Brum, que
concede o título de Cidadão Emérito de Porto Alegre ao senhor José Humberto
Borges.
PROC.
Nº 0457/14 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 034/14, de autoria do Ver. Dr. Thiago, que
inclui a efeméride Dia da Banda da Saldanha no Calendário de Datas
Comemorativas e de Conscientização do Município de Porto Alegre – Lei nº
10.904, de 31 de maio de 2010, e alterações posteriores –, no dia 12 de
outubro.
PROC.
Nº 2907/13 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 330/13, de autoria da Verª Any Ortiz, que
institui o Sistema de Estações Digitais Públicas (EDPs) no Município de Porto
Alegre, que se constitui em equipamentos públicos por meio dos quais o
Executivo Municipal disponibilizará gratuitamente à população computadores com
acesso à internet e outras
facilidades, e dá outras providências.
PROC.
Nº 2914/13 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 336/13, de autoria da Verª Any Ortiz, que obriga
as escolas da rede pública municipal a disponibilizarem pelo menos 1 (uma) sala
apropriada para as alunas do período noturno deixarem seus filhos durantes suas
aulas e 1 (uma) pessoal responsável para cuidá-los. Com Substitutivo nº 01.
PROC.
Nº 0351/14 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 022/14, de autoria do Ver. Márcio Bins Ely, que
institui o Programa Criança Sorridente no Município de Porto Alegre. Com Emenda nº 01.
O SR. PRESIDENTE (Professor Garcia): O Ver. Reginaldo Pujol está com a
palavra para discutir a Pauta.
O SR.
REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores,
a Pauta em discussão preliminar que nós vamos cumprir hoje está repetitiva há
várias Sessões, porque não tem tido espaço para ser cumprida. Hoje nós estamos
contribuindo para que ela ocorra. Há alguns projetos, especialmente em 1ª
Sessão, que nós poderemos sobre eles nos manifestar oportunamente, como o
Substitutivo nº 01ao PLL nº 118/13, de autoria do Ver. Thiago, que obriga os
bares, restaurantes e estabelecimentos similares a conceder desconto especial
ou a oferecer prato especial de porção reduzida às pessoas que tenham realizado
cirurgia bariátrica ou outra gastroplastia para redução do estômago. Como é a
1ª Sessão, nós poderemos dele nos ocupar na próxima oportunidade. De outro
lado, nós temos vários projetos em 2ª Sessão, entre os quais um é especial, o
da Ver.ª Any Ortiz, que obriga as escolas da Rede Pública Municipal a disponibilizarem,
pelo menos, uma sala apropriada para as alunas do período noturno deixarem os
seus filhos durante suas aulas, e uma pessoa responsável para cuidá-los. Essa
proposta bastante original da Ver.ª Any Ortiz vai merecer uma repercussão ampla
de nossa parte. Primeiro, verificando quantas escolas do Município têm o turno
noturno, se essas escolas são de 1º ou 2º Grau, até porque acredito que mães
tenham acesso ao 2º Grau e nunca ao 1º Grau, salvo excepcionalidades. Mas ao
longo da tramitação desse projeto, nós vamos verificar a existência ou não de
um bom número de escolas noturnas, especialmente do 2º Grau, que nos parece não
ser muito amplo nas escolas municipais. E junto com esse levantamento, nas
hipóteses em que isso ocorre, qual o número de mães que estão frequentando os
ciclos escolares em desenvolvimento. Parece-nos, Ver. Tarciso, num primeiro
momento, que é uma certa excepcionalidade, porque normalmente no 1º Grau,
especialmente, as meninas têm até 14 anos, salvo raras exceções – a maternidade
nesse período é excepcionalidade -, vamos convir nesse particular, como não é
muito comum, entre os 14 e os 17 anos, que é a idade que, em regra, é ocupada
pelas meninas-moças no 2º Grau, não só das escolas municipais como estaduais,
como em todas as escolas. Além dos 17 anos, é excepcionalidade também. Então,
esses levantamentos merecem ser feitos para que a gente possa aquilatar o
sentido claro e a conveniência de nós acompanharmos essa proposta da Ver.ª Any
Ortiz. De qualquer sorte, a discussão fica aberta e junto com ela a reflexão
para que possamos, obviamente, chegar a melhor solução com relação a esse
projeto. De outra banda, há que se considerar também, em 2ª Sessão, dois
projetos da Ver.ª Any Ortiz. Ao primeiro eu já me referi. O outro é o que institui o Sistema de Estações Digitais Públicas (EDPs) no
Município de Porto Alegre, que se constitui em equipamentos públicos por meio
dos quais o Executivo Municipal disponibilizará gratuitamente à população
computadores com acesso à Internet e outras facilidades, e dá outras
providências. Nesse processo, Ver. Tarciso, a reflexão já se...
(Som cortado automaticamente por limitação de
tempo.)
(Presidente concede tempo para o término do pronunciamento.)
O SR.
REGINALDO PUJOL: ...nesse projeto a
reflexão se antecipa porque me parece que a faculdade do Município de propiciar
a doação desses equipamentos é um tanto quanto complicada, e não sei se não
atinge, me parece que sim, a prerrogativa privativa do Executivo Municipal de
propor projetos dessa ordem, quando propõe. Era isso, Sr. Presidente. Muito
obrigado pela sua atenção.
(Não revisado pelo orador.)
(O Ver. Mauro Pinheiro assume a
presidência dos trabalhos.)
O
SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Apregoo Requerimento, de autoria do Ver. Márcio Bins Ely, solicitando Licença para
Tratamento de Saúde no dia 2 de abril de 2014.
Apregoo Emenda nº 09, de autoria da Ver.ª Mônica Leal, ao PLCE nº
010/13. O Projeto está sob o art. 81.
A Ver.ª Sofia Cavedon
está com a palavra para discutir a Pauta.
A SRA. SOFIA CAVEDON: Srs. Vereadores,
Sras. Vereadoras, público que nos assiste, nós, em primeiro lugar, acabamos
retirando o quórum, eu sei que havia outros projetos a serem votados, mas
quando, infelizmente, a discussão, na nossa opinião, não amadureceu o
suficiente, um dos artifícios para dar um tempo para esta Casa voltar ao tema é
não tomar a decisão e aguardar para que esta possa ser mais madura num próximo
momento. Foi esse o movimento que nós fizemos sobre o projeto anterior. Vejam
que nós temos um novo projeto versando sobre escolas, uma proposta da Ver.ª Any
Ortiz, que obriga a rede pública a disponibilizar uma sala para que os alunos
deixem os seus filhos durante as aulas, tendo uma pessoa para cuidá-los. E isso
para que os alunos não percam aulas, em especial, muitas vezes, alunas que
engravidam, têm filhos e acabam abandonando o ano.
A proposição é de uma
sensibilidade muito importante. É dessa sensibilidade que nós gostaríamos, e a
ela estávamos apelando há pouco, aqui no plenário, numa votação que permite que
escolas levantem muros fechados e não vazados, de até 2 metros. Muros que, na
verdade, vão causar maior risco às crianças e adolescentes. E esta é uma
discussão, Ver. Kevin Krieger, que não é das professoras, nós aprendemos a
aprender com a segurança, Ver. Tarciso. Eu fui Secretária Adjunta da Educação e
para nós instalarmos os alarmes nas escolas nós fizemos uma profunda discussão
com a Secretaria de Segurança.
Quando nós
conseguimos modificar, pensar a segurança nas escolas... Nós tínhamos um sonho:
que escolas, Ver.ª Fernanda, não podiam ter grades, não podiam ter muros,
tínhamos telas. E fomos nos dando conta que não era possível, infelizmente, dar
conta de 1.500, 1.800 crianças sem a garantia de uma barreira para que
estranhos não entrassem na escola. E, aí, nós acabamos adotando os muros, mas
adotamos muros vazados, por orientação da Guarda Municipal. São aqueles muros de
cimento, vazados, que muitas escolas pintam de colorido, fazem grafitagem,
aplicam azulejos, mas vazados. Por quê? Porque o vazado dá condições de a
escola ser permeável à movimentação que está na rua; de as crianças, os mais
velhos, os professores que estão circulando no pátio, os guardas, as
funcionárias saberem o que está acontecendo na comunidade e não serem
surpreendidos com uma invasão, com algo atirado do outro lado sem enxergarem.
Então, não é possível que a Câmara não se debruce sobre esse tema, escute a
segurança ao votar projetos. E esse é um dos projetos que eu entendo que merece
o maior cuidado de nossa parte. Ora, em escolas é muito grave permitir muros
fechados, totalmente levantados, como se fosse um presídio, por isso, porque
não é educacional, mas também não é seguro.
E os terrenos baldios, do mesmo modo. A gente não
sabe o que vai acumulando no terreno baldio. Às vezes, é de alguém que nunca
vai lá; o proprietário nunca vai lá, e os vizinhos têm que aguentar. Daqui a
pouco, tem resíduos, restos de animais, fogo. Então, não é boa para a Cidade
essa medida.
Acho que nós teremos uma oportunidade, na
segunda-feira, de derrubar esse projeto. O Vereador tem uma outra intenção,
pode reformulá-lo. Eu encerro dizendo que boas iniciativas são muito
bem-vindas, desde que a gente possa considerar os processos acumulados, em
especial quando se trata de educação, escutando não só os educadores, mas quem
cuida da segurança das nossas escolas.
(Não revisado pela
oradora.)
O
SR. IDENIR CECCHIM (Requerimento): Sr. Presidente,
solicito verificação de quórum.
O
SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Solicito a abertura do painel eletrônico para
verificação de quórum, solicitada pelo Ver. Idenir Cecchim. (Pausa.) (Após o
fechamento do painel eletrônico.) Nove Vereadores presentes. Não há quórum.
Estão
encerrados os trabalhos da presente Sessão.
(Encerra-se a
Sessão às 17h23min.)
* * * * *